Keila Baraçal
Lojistas da cidade de São Paulo têm apostado
em novas estratégias para a venda de seus produtos.
Além dos tradicionais folders e campanhas publicitárias,
a ação agora é aplicar o conceito de
marketing olfativo. Como funciona? Cada estabelecimento exala
um tipo de cheiro relacionado com o produto que é vendido.
O trabalho vem sendo desenvolvido pelo engenheiro, com MBA
em marketing, Marcelo Ginzberg, de 33 anos. Sua função
é transformar, para o sentido olfativo, a estratégia
de marketing e venda de seu cliente. Sua empresa nasceu há
cinco meses e, desde então, já produziu, entre
outros, aroma de chocolate. “Todo mundo tem algum cheiro
que fica na memória”, diz.
A técnica desenvolvida pela empresa de Ginzberg foi
inspirada por outras, já desenvolvidas nos Estados
Unidos e Europa. Para exalar a fragrância, é
preciso instalar um aparelho que fica dentro do ar-condicionado.
O refrigerador será o responsável por espalhar
o novo aroma.
Mesmo com pouco tempo de uso, os lojistas que adotaram a
nova técnica já conseguem ver o aumento do faturamento.
É o caso de loja de Mariângela, que vende produtos
infanto-juvenis customizados, no Shopping Paulista. De quatro
meses para cá, seu lucro aumentou em, pelo menos, 30%.
A proprietária da loja, Mariângela Blois, 43,
conta que o cheiro vai para além das portas do estabelecimento
e marca o consumidor. “Muitos clientes chegam aqui e
querem comprar o produto que tem o cheiro da loja”,
explica. O aroma tem um toque de baunilha com laranja e, no
futuro, Blois quer produzir sachês com a mesma linha.
Inconscientemente, outras lojas já agiam com a estratégia
do marketing olfativo. A Osklen, por exemplo, produz alguns
saquinhos com seu cheiro específico. A empresa diz
que a venda do objeto não funciona como estratégia
de marketing. É apenas mais um produto oferecido aos
clientes. E na Oscar Freire o inconfundível cheirinho
de chiclete faz parte da Galeria Melissa que tem o aroma como
a marca diferencial do lugar.
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