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protesto
09/03/2004
Trabalhadoras de bingos pedem ajuda à primeira-dama

SÃO BERNARDO DO CAMPO. Cerca de 1.200 mulheres protestaram ontem em frente ao prédio onde mora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, contra a edição da medida provisória que determinou o fechamento dos bingos. Organizada pela Força Sindical e comandada pela vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Elza Costa Pereira, mulher de Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da central sindical, a primeira manifestação de trabalhadores em frente à casa de Lula pediu a imediata reabertura dos bingos para preservar, segundo as manifestantes, 320 mil empregos. No fim da manifestação, Elza disse que as demitidas prometem montar 50 barracas e acampar em frente ao prédio até Lula resolver o problema.

"De forma alguma o protesto é anti-Lula. É, sim, antidesemprego. Nós queremos que a primeira-dama, dona Marisa Letícia, fale com Lula e nos ajude a manter os empregos nos bingos", disse Elza.

Após uma caminhada de cerca de 40 minutos, da Praça da Matriz, no centro de São Bernardo, berço político de Lula, até a Avenida Francisco Prestes Maia, onde fica o prédio, as trabalhadoras em bingos deixaram na portaria flores e cartas com reivindicações, para dona Marisa. O porteiro, que se identificou apenas como Roberto, limitou-se a receber as encomendas. Dona Marisa e Lula estavam em Brasília.

"Queremos nosso emprego de volta. Queremos pedir à Marisa que nos ajude, que peça ao Lula para revogar essa medida provisória que acabou com nossos empregos", disse Neuza Barbosa, secretária de políticas para a mulher da Força Sindical.

Quando as manifestantes estavam chegando, dois carros da Polícia Militar foram estacionados no meio da avenida, tentando evitar que o grupo parasse em frente ao edifício. As organizadoras da passeata, em cima de um carro de som, orientaram as trabalhadoras a prosseguir. Os poucos PMs, que ocupavam os dois veículos, no entanto, não reagiram e as mulheres passaram livremente. Em seguida chegaram reforços e os policiais cercaram a entrada do prédio.

"A polícia está aqui para manter a ordem e não para reprimir nossa manifestação, que é pacífica", gritava, do carro de som, Maria Auxiliadora, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Brinquedos de São Paulo.

Durante a passeata, manifestantes gritaram diversos slogans contra o governo e contra o presidente: “Eu votei, votei errada, votei no Lula, e fiquei desempregada”, “Ô Zé Dirceu, o seu emprego custou o meu”, “O Lula vai, o Lula vem, e não faz nada para ninguém”, “Dona Marisa, preste atenção, nós não queremos demissão”, “Olê, olá, abre o bingo que eu preciso trabalhar”.



As informações são do jornal O Globo.

   
 
 
 

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