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educação
05/03/2004
Lula pede estatização de vagas em 15 dias

O ministro da Educação, Tarso Genro, disse ontem no Rio de Janeiro que, "por pressão presidencial", antecipará a medida provisória que criará vagas para alunos de baixa renda em universidades particulares.

Ele disse que pensava em editar a medida em 30 ou 60 dias, mas, após se reunir ontem de manhã com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi convencido a apressar o processo -ela deverá ser editada dentro de 15 dias.

Segundo Tarso, as vagas serão para alunos carentes que fizeram vestibular para instituições públicas ou o Enem e que tiverem bom desempenho. A renda familiar per capita máxima para ter o benefício será de 1,5 salário mínimo. O ministro propõe bolsa parcial para famílias com renda de 1,5 a 2,5 salários.

Em reunião do Consed (Conselho Nacional dos Secretários de Educação), ontem no Rio, Tarso Genro anunciou que a parcela de 10% do salário-educação -contribuição social cobrada sobre 2,5% da folha de pagamento das empresas- que o MEC passou a reter neste ano será usado no transporte escolar e na alfabetização de jovens e adultos.

Para entrar em vigor, a decisão terá que ser aprovada e regulamentada por Lula. O destino dos 10% retidos pelo MEC, estimados em R$ 306 milhões neste ano, foi decidido por um grupo executivo formado por técnicos do ministério, membros do Consed e da Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação).

Pelo acordo, o transporte escolar receberá dois terços desses 10%, totalizando R$ 246 milhões neste ano. O orçamento inicial do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), do MEC, previa R$ 46 milhões.

O programa de Educação para Jovens e Adultos será fortalecido por esses recursos e por meio de remanejamento interno, tendo como meta a ampliação de R$ 124 milhões para R$ 387 milhões.

No governo FHC, um terço dos recursos do salário-educação ficava com o FNDE; os outros dois terços eram passados aos Estados, que distribuíam aos municípios.

Pela nova lei, o FNDE ficará com mais 10%, e 60% do valor arrecadado com salário-educação será distribuído entre Estados e municípios segundo o número de alunos, e não mais segundo critérios definidos pelos Estados.



FABIANA CIMIERI
da Folha de S. Paulo, sucursal do Rio

   
 
 
 

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