O Brasil
subiu cinco posições na lista dos países
mais globalizados do mundo, segundo ranking anual da consultoria
americana A.T. Kearney. Mas a melhora na posição
não foi suficiente para que o Brasil saísse
do grupo dos dez países menos globalizados do mundo.
A pesquisa da A.T. Kearney, referente ao ano de 2002, abrange
62 países, onde vivem 84% da população
mundial.
O Brasil é o 53 da lista, que é liderada por
Irlanda, Cingapura e Suíça. Outros países
em desenvolvimento muito populosos também estão
no fim do ranking. A Índia é a penúltima
colocada e a China está na 57 posição.
Segundo a A.T. Kearney, por serem muito dependentes da agricultura,
esses países têm dificuldade para driblar as
barreiras protecionistas das nações ricas e,
assim, acabam menos integrados.
Mas o ranking da A.T. Kearney não usa apenas parâmetros
econômicos. Aliás, no conjunto geral, o grau
de globalização mundial só aumentou em
2002 graças a outros indicadores. Apesar de os investimentos
estrangeiros terem recuado 21% e o volume de comércio
ter crescido módicos 2,5%, o grau de integração
global cresceu, no cálculo da consultoria, devido a
um aumento nas viagens internacionais, no uso de internet
e nas ligações telefônicas.
Mesmo com a burocracia das medidas de segurança em
aeroportos — após os atentados terroristas de
11 de setembro — mais 22 milhões de pessoas viajaram
ao exterior em 2002, na comparação com o ano
anterior. O tráfego telefônico cresceu para 15
bilhões de minutos. E a internet ganhou 130 milhões
de novos usuários, sobretudo nos países em desenvolvimento.
No Brasil, o acesso à rede cresceu 78,5%; na China,
75%; e na Índia, 136%.
A América Latina aumentou seu nível de globalização
mas, diz a A.T. Kearney, por efeito estatístico: como
os países da região sofreram fortes desvalorizações
cambiais, o tamanho de suas economias encolheu em dólar
e, assim, a integração ficou proporcionalmente
maior.
As informações são
do Globo Online.
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