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economia
03/03/2004
Transferência bancária custa até R$ 15

SÃO PAULO. Os bancos estão cobrando até R$ 15 pela Transferência Eletrônica Disponível (TED), de uso obrigatório desde o dia 18 de fevereiro na transferência de valores iguais ou superiores a R$ 5 mil entre instituições financeiras. Antes a operação era feita pelo tradicional Documento de Ordem de Crédito (DOC-C). O custo da TED varia de R$ 8, no Banco do Nordeste, a R$ 15, no Banco do Brasil (BB) — que tem o preço mais alto para o serviço entre 20 bancos.

A TED está sendo cobrada apesar de o Banco Central (BC) vir aconselhando os bancos a incentivarem o uso das transferências eletrônicas — que as instituições sempre alegaram ser mais baratas do que as operações em papel.

Na maior parte dos bancos, os valores cobrados pela TED e pelo mecanismo tradicional chegam a ser idênticos. Isso apesar de os especialistas alertarem que o custo do meio eletrônico para as instituições não é superior a R$ 1.

Apenas listando os maiores bancos, têm tabelas iguais BB (R$ 15), Bradesco (R$ 9,80) e Itaú, Caixa, Sudameris e Banerj (R$ 10). No Unibanco, a TED sai a R$ 10,40 e o DOC, a R$ 10,90, e no Real, a R$ 9,50 e R$ 11, respectivamente. No HSBC, o meio eletrônico custa R$ 10,80 e o tradicional, R$ 11,50.

Concorrência e volume de operações
As tarifas, pesquisadas pelo Globo Online, são informadas ao BC por todos os bancos. Há opções mais baratas se o cliente fizer a operação pela internet ou se for cliente especial.

Segundo a assessoria do Banco do Brasil, a tarifa de R$ 15 só é cobrada de quem não tem conta no banco. Quem é correntista paga R$ 9. Procurada para comentar o preço da tarifa, a Federação Brasileira das Associações de Bancos (Febraban) informou que o assunto deveria ser tratado com a Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP). Procurada, a CIP informou que o assunto deveria ser tratado com a Febraban.

O consultor Erivelto Rodrigues, da Austin Asis, especializada na análise de instituições financeiras, diz que o valor das tarifas está exagerado. Segundo ele, os preços estão muito acima do custo que o banco tem para efetuar a TED, que é de apenas R$ 1:

"O custo de uma transação por TED é infinitamente menor".

Os bancos estão livres para fixar o valor das tarifas. Como vigora o livre mercado, cabe ao consumidor escolher quem vai lhe prestar o serviço. Porém, segundo analistas, o problema é que praticamente não há concorrência entre os bancos na cesta de tarifas oferecida.

Alberto Borges Mathias, da USP, lembra ainda que, apesar de ter tecnologia bancária sofisticada, o Brasil não tem volume suficiente de transações, especialmente na área de crédito, o que eleva os custos.

 

As informações são do O Globo.

   
 
 
 

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