Brasília (AF) – A Central
Única dos Trabalhadores (CUT) quer que o governo federal
crie 1 milhão de empregos no país por meio de
frentes de trabalho. A proposta foi apresentada ontem pelo
presidente da central, Luiz Marinho, ao presidente Luiz Inácio
Lula da Silva.
Segundo Marinho, é preciso
gerar pelo menos um milhão de empregos em caráter
emergencial no país. Ele argumenta que o crescimento
na produção industrial, anunciado ontem pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
e a provável retomada do desenvolvimento não
serão suficientes, num curto prazo, para gerar empregos
em número satisfatório.
"Estamos levando em consideração
que a economia está reiniciando um processo de retomada
do crescimento, mas essa retomada ainda é insuficiente,
tendo em vista a ociosidade das empresas", disse Marinho.
A idéia da CUT, apresentada
a Lula e aos ministros Jaques Wagner (Trabalho) e Luiz Dulci
(Secretaria Geral da Presidência), é que a administração
pública contrate um milhão de pessoas até
o fim do primeiro semestre de 2004, quando, na avaliação
de Marinho, começarão a aparecer os efeitos
da retomada do crescimento na geração de empregos.
A princípio seriam criados
empregos temporários nos setores de saneamento básico,
construção de moradias e limpeza pública.
A remuneração proposta pela CUT é de
um salário mínimo (R$ 240), que, multiplicado
pelo número de trabalhadores sugerido pela entidade,
resultaria em um custo total de R$ 240 milhões à
União. O dinheiro sairia do Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço (FGTS) e do Fundo de Amparo ao Trabalhador
(FAT).
"O fim do tempo das vagas magras
ainda não chegou. As vacas não engordaram não.
Elas ainda estão magras e ainda vai levar um tempo
para elas engordarem. Pode ser que com a chuva, o pasto melhore
e as vacas comecem a engordar", ironizou o sindicalista.
De acordo
com Marinho, o presidente fez referência a várias
medidas que estão sendo adotadas para melhorar os níveis
de emprego, como o microcrédito e seguro safra. "Mas
isso não é suficiente porque o emprego vai demorar
a aparecer na indústria" afirmou.
As informações são
da Gazeta do Povo, de Curitiba-PR.
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