Erika
Vieira
Pesquisa divulgada pelo Ipea (Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada), na última quarta-feira,
divulga que falta trabalhador qualificado para 123 mil vagas.
Grande parte são empregos que precisam de alunos formados
em cursos técnicos. “Os alunos não sabem
procurar os cursos que o mercado pede. A sociedade não
procura porque não tem informação”,
diz o gerente regional do Senai de São Paulo, Ricardo
Figueiredo Terra.
Dentre os cursos, oferecidos pelo Senai, que mais atendem
a demanda do mercado estão o de técnico em construção
civil e tecnólogo de alimentos. “Como 95% dos
alimentos são industrializados precisamos de tecnólogo
em alimentos”, fala Silva. Porém, na hora da
matrícula os alunos continuam optando por áreas
tradicionais, como mecatrônica, informática e
mecânica. “Para um país crescer precisa
de um balanceamento de mão-de-obra.”
Segmentos em crescimento
Formar profissionais especializados em responsabilidade social
é a aposta do Senac. “Cresce a procura pessoas
que saibam atuar dentro de uma comunidade especifica, que
entenda de plano diretor e de projetos sociais”, fala
o gerente da área de educação do Senac
de São Paulo, Cláudio Luiz de Souza Silva.
Também há o recém criado curso técnico
de visagismo, que vai além dos voltados tradicionalmente
em estética. Os alunos são formados para entenderem
da composição como um todo que existe entre
o cabelo, a pele, o rosto e o biótipo da pessoa. ”A
formação mais importante é a que o estudante
possa se integrar com as pessoas. Não pode ficar só
sentado assistindo aulas.”
Agora, o Senac pretende desenvolver ensino profissionalizante
nos segmentos de energia, serviços, tv digital e animação.
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