Em São Paulo, os casos de dengue caíram quase 52% de 2002 para
2003. A informação é da Secretaria de
Estado da Saúde. No ano retrasado, foram registrados
42.058 casos da doença, enquanto em 2003 o número
foi de 20.301, menos da metade das contaminações
registradas em 2002.
Já o Estado de Minas Gerais tem seu primeiro caso
de morte por dengue hemorrágica. Uma paciente de 35
anos, de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, apresentou
sintomas da doença no dia 31 e morreu no dia 5.
Nas cidades paulistas, a queda foi verificada também
em relação à dengue hemorrágica
-quando há reincidência da contaminação
viral. Em 2002, foram 31 casos e cinco mortes, contra 22 casos
e um óbito no ano passado.
Em Santos (SP), a queda foi de 91%, uma das maiores do Estado.
As ocorrências caíram de 10.538 para 952. Guarulhos
(Grande São Paulo) foi uma das poucas cidades que registrou
aumento -os casos subiram de 110 para 280 de um ano para outro.
A secretaria credita a queda ao acesso da população
à informação, por meio do trabalho de
agentes de saúde e da distribuição de
material com dicas de prevenção. Em março,
Estado e municípios paulistas se unirão numa
versão ampliada do "Dia "D" de Combate
à Dengue". Agentes percorrerão casas e
escolas, orientando a população sobre a doença.
Minas Gerais
Segundo a Secretaria da Saúde mineira, a paciente que
morreu por dengue hemorrágica em Uberlândia teve
síndrome do choque da dengue.
Segundo o coordenador de zoonoses da secretaria, Francisco
Lemos, a síndrome é a manifestação
mais grave da dengue hemorrágica. O choque é
causado pela redução de volume do plasma sanguíneo
(parte líquida do sangue).
Por ter sido notificado no ano passado, o caso foi incluído
no balanço de 2003. Segundo boletim divulgado pela
secretaria de Minas, no ano passado foram 155 casos notificados
de dengue hemorrágica, 78 confirmados e quatro mortes.
Já o número de notificações da
forma clássica da doença chegou a 22.515, dos
quais 9.268 foram confirmados.
A dengue hemorrágica pode ocorrer em quem já
teve a dengue clássica e contraiu outro tipo de vírus.
A transmissão é feita pela picada do mosquito
Aedes aegypti, cuja reprodução é favorecida
na estação chuvosa.
Araraquara
Dados da Vigilância Epidemiológica mostram que
a cidade de Araraquara (273 km de SP) corre o risco de sofrer
uma epidemia de dengue.
Segundo o índice de Breteau -que mede a presença
de criadouros virtuais de Aedes aegypti-, no mês de
dezembro a cidade atingiu 4,1 pontos, enquanto o limite aceitável
pela Funasa (Fundação Nacional de Saúde)
é de até um ponto.
As informações são
da Folha de S. Paulo.
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