A partir
do próximo semestre, mais 100 mil crianças que
estão trabalhando em atividades perigosas, sob condições
nocivas, devem voltar à escola. Essa é a meta
do Ministério do Desenvolvimento Social para a ampliação
do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil
(Peti), ainda este ano.
Cerca de 811 mil crianças são atendidas pelo
programa, de acordo com levantamento de 2003. O Peti atua
em 2.606 municípios, sendo mais da metade em área
rural. As famílias que têm filhos entre sete
e 15 anos, envolvidos em tarefas insalubres e penosas, recebem
uma bolsa de R$ 40 (área urbana) e R$ 20 (área
rural). Em contrapartida, a família se compromete a
tirar as crianças do trabalho e matriculá-las
na escola.
Criado em 1996, o Peti foi apresentado, esta semana, no 1º
Congresso Mundial sobre Trabalho Infantil, na Itália.
O congresso é organizado pelo movimento internacional
Global March Against Child Labour (Marcha Global Contra o
Trabalho Infantil) e busca chamar a atenção
dos governos do mundo inteiro para que invistam mais na educação
como forma de tirar as crianças do trabalho infantil.
No Brasil, o número de crianças e adolescentes
trabalhando foi reduzido em quase 43%, entre 1995 e 2002.
Mas, de acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostragem
de Domicílio (PNAD), 2.988.294 de brasileiros na faixa
etária de cinco a 15 anos estão trabalhando,
o que representa 8,22% da população nessa faixa
etária.
As informações são
da Agência Estado.
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