BRASÍLIA
(DF) - No Brasil, 26 milhões de pessoas são
portadoras de deficiência física e 14,5 milhões
são idosos. O Ministério das Cidades quer garantir
o direito de acesso ao transporte e às vias públicas
às pessoas que têm restrição de
mobilidade como idosos, crianças, gestantes, obesos
e portadores de deficiência.
Para facilitar a vida dessas pessoas, o Ministério
das Cidades está implantando em todo o país
o Programa Brasil Acessível. A meta é proporcionar
para os usuários deslocamentos mais rápidos,
confortáveis e seguros.
De acordo com Renato Buareto, diretor do Departamento de
Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, muitas
vezes, não é preciso investir dinheiro, mas
apenas transferir conhecimento para as prefeituras para evitar
a construção de novos obstáculos e identificar
os já existentes nas cidades para removê-los.
"O objetivo principal do Programa Brasil Acessível
é a disponibilização de conhecimento
e não de recursos. As cidades produzem barreiras todos
os dias e nós precisamos parar essa construção
de barreiras. Para isso, não precisamos de dinheiro,
mas de conhecimento. Nós queremos que todos os projetos
possuam o conceito de acessibilidade. Os projetos de uma escola,
de uma área pública e de adequação
do transporte coletivo têm que pensar no acesso de toda
a população, sem restrição",
informa Renato Buareto.
O diretor do departamento de Mobilidade Urbana informa ainda
que em abril está previsto o lançamento do manual
"Construindo a Cidade Acessível", que orienta
as prefeituras de como facilitar o acesso das pessoas aos
mais diversos locais de uma cidade, sem criar novos obstáculos
e acabando com os existentes. "Nós temos muito
material para distribuição para as prefeituras,
empresas de transporte coletivo sobre acessibilidade. Estamos
ainda treinando pessoal, taxistas, motoristas e cobradores
de como atender e lidar pessoas com deficiência e idosos.
A população idosa brasileira vai praticamente
dobrar, de acordo com o diretor do departamento de Mobilidade
Urbana. Indicadores do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) apontam que o percentual de idosos,
pessoas acima de 60 anos, passará dos atuais 8% para
15%, em 2015. Renato Buareto faz um alerta de que "as
cidades precisam estar preparadas para receber uma população
que vai ficar cada vez mais idosa. Isso precisa estar refletido
nos projetos e na construção das cidades".
As informações são
do site Panorama Brasil.
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