O governo
finalmente apresentou ontem a proposta oficial do acordo para
pagar a revisão das aposentadorias. Sob a alegação
de que não tem dinheiro para corrigir os benefícios
de uma só vez, o ministro da Previdência Social,
Amir Lando, anunciou, após quatro horas de reunião,
que quer dividir o pagamento com a sociedade, por meio do
aumento de impostos. Traduzindo: a idéia é que
a conta seja paga pelos empresários e trabalhadores.
A idéia, definida em reuniões com os ministérios
do Planejamento e da Fazenda, é elevar a alíquota
de contribuição ao INSS, que hoje varia de 8
a 11% para o trabalhador (de acordo com a faixa salarial)
e de 20% para o empregador (além da taxa de seguro
de acidente de trabalho). O aumento da alíquota de
contribuição, que entraria em vigor em 2005,
seria de três pontos percentuais. O ministro Amir Lando
disse em entrevista que o imposto a mais na folha de pagamento
seria provisório, teria duração de cinco
anos — de 2005 a 2009. Este prazo equivale ao período
proposto pelo ministro para pagar a dívida referente
aos atrasados, estimada em R$ 12,3 bilhões.
“Não temos proposta única. Temos essa
previsão no aumento de contribuição,
mas poderemos ter outras fontes. O financiamento dessas despesas
com os aposentados deve ser uma divisão de responsabilidades”,
declarou Lando, deixando claro que a conta do acordo sairá
do bolso dos contribuintes.
As informações são
do Diário de S.Paulo.
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