Uma pesquisa
divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística) sobre a economia informal urbana revela
que os fatores que levam homens e mulheres ao mercado de trabalho
informal são distintos.
Segundo a pesquisa, aproximadamente 31% dos proprietários
de empresas informais indicam o fato de não terem encontrado
emprego como motivo para iniciar o empreendimento. Entre as
mulheres, 32% indicam a complementação da renda
familiar como fator mais importante.
Esse padrão se verificou em relação
aos proprietários de empresa que trabalhavam por conta
própria. Entre os que são pequenos empregadores,
homens ou mulheres, o principal motivo foi o desejo de se
tornarem independentes.
Entre os proprietários do setor informal, uma parcela
de 66% são homens e neste grupo, um total de 95% não
tinham sócios.
O nível de instrução preponderante entre
os proprietários, independente do sexo, foi de primeiro
grau completo. Apenas 2% do total de proprietários
tinham nível superior completo.
Aproximadamente 20% dos proprietários de empresas
do setor informal frequentaram cursos de formação
profissional voltado para o negócio.
Cerca de 32% dos proprietários não precisaram
de capital para iniciar o empreendimento. Para os que precisaram
de capital inicial, a maioria utilizou recursos próprios
e apenas 11% solicitaram empréstimos.
Trabalhadores
Segundo o IBGE, a maior parte dos trabalhadores das
empresas do setor informal (36%) tinha o primeiro grau incompleto.
Desde a primeira edição da pesquisa, em 1997,
o instituto identifica uma tendência de aumento da participação
de trabalhadores com segundo grau completo, tanto entre homens
quanto mulheres.
A mão-de-obra das empresas informais é formada
principalmente por trabalhadores do sexo masculino (64%).
A única exceção é no caso da mão-de-obra
não-remunerada, onde 64% eram mulheres.
Dentre as pessoas ocupadas nas empresas informais, 69% eram
trabalhadores por conta própria, 7% eram empregadores,
10%, de empregados sem carteira assinada, 6%, com carteira
assinada e 5%, não-remunerados.
JANAINA LAGE
da Folha Online
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