O governo do estado não prevê
reajuste salarial linear para o funcionalismo público
pelo nono ano consecutivo. No orçamento de 2004, aprovado
quarta-feira pelos deputados paulistas, há um crescimento
de apenas R$ 1,8 bilhão na folha de pessoal. O valor
servirá para cobrir os salários de eventuais
novas contratações ou para novos aposentados
e pensionistas. O gasto com a folha de pagamento dos servidores
estaduais atingirá R$ 19, 305 bilhões em 2004,
aproximadamente 58% do total da arrecadação
do estado. Este índice está dentro do chamado
"limite prudencial", definido pela Lei de Responsabilidade
Fiscal (LRF). A lei estabelece que o administrador público
gaste no máximo 60% da arrecadação com
salários.
A falta de dinheiro foi a justificativa apresentada pelo
secretário estadual de Economia e Planejamento, Andrea
Calabi, para a inexistência de um reajuste linear para
o funcionalismo.
"Se for possível, daremos reajustes setoriais,
pois esperamos um crescimento na arrecadação",
disse Calabi. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) estima em
R$ 61,97 bilhões o orçamento para 2004, projetando
um crescimento de cerca de 10% de arrecadação
em relação a 2003. A previsão de reajuste
zero para o funcionalismo estadual repercutiu de modo diferente
na Federação dos Servidores
O estado tem cerca de 1 milhão de funcionários,
entre ativos, aposentados e pensionistas. O piso do servidor
é de R$ 400.
ALEXSSANDER SOARES
do Diário de S.Paulo
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