A gravidez entre mulheres com menos
de 20 anos está crescendo no Brasil. Em 2002, a proporção
de bebês filhos de mães nessa faixa etária
foi de 20,75% do total de nascidos. Em 1991, a proporção
era de 16,38%.
Para os técnicos do IBGE, o principal motivo do crescimento
é a queda acentuada da fecundidade entre as mulheres
com mais de 25 anos. Já na faixa jovem, a taxa de fecundidade
teve um crescimento de 5% de 1991 a 2000.
Esse aumento relativo da participação
da gravidez adolescente é "um motivo de preocupação",
afirma a publicação do IBGE, sobretudo pela
condição social das mães jovens. Não
há estatísticas para 2002, mas estudos realizados
por técnicos do IBGE mostram que a gravidez de mulheres
jovens está concentrada entre as classes mais baixas.
São mães, portanto, sem acesso a boas condições
de saúde, educação e trabalho.
A proporção de bebês
nascidos de mães menores de 20 anos subiu em todas
as regiões do país desde 1991. O Norte tem o
percentual mais alto -25,59% dos nascimentos foram de filhos
de mães adolescentes. As taxas mais altas do país
são dos Estados de Tocantins (27,%), Acre (27,0%),
Rondônia (26,3%), Pará (26,3%), Mato Grosso do
Sul (25,5%) e Mato Grosso (25,4%). A mais baixa é do
Distrito Federal (17,5%).
Os dados do Registro Civil também trazem informações
sobre os óbitos infantis -onde a subnotificação
costuma ser maior que os 19,5% para o total da população.
Em todo o país, a participação
de óbitos infantis (crianças com menos de um
ano) no total de mortes caiu de 11,28% em 1990 para 5,18%
em 2002, dado que confirma a tendência de queda da mortalidade
infantil apontada pelo Censo. A estatística nacional
de mortalidade infantil é estimada pelo IBGE a partir
dos dados do Registro Civil, mas já considerando o
sub-registro, ou seja, as mortes não notificadas.
Entre as mortes de crianças
com menos de um ano, 50,1% acontecem até o sexto dia
de vida (período neonatal precoce).
As informações são
da Folha de S.Paulo.
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