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economia
20/07/2004
Consumidor leva susto ao conhecer peso de impostos

Os consumidores que passaram pelo Pátio do Colégio ontem encontraram uma espécie diferente de supermercado. Em vez de produtos à venda, o contribuinte conheceu quanto paga pelos tributos em diversos itens — como combustível, alimento, brinquedo e sapato — no “Feirão do Imposto”. A estudante Valéria Rocha entrou no Feirão e ficou surpresa. “Estudo em uma universidade pública e não vejo retorno desse dinheiro, especialmente agora que os professores estão em greve.”

Para o auxiliar administrativo Michel Novaes, a quantidade de imposto deveria ser informada. “Sabia que eram altos, mas não tanto. O pior é que quando acontece algum aumento não sabemos o por quê”, comenta a estudante.

A iniciativa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), juntamente com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) e com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), é o início de uma campanha para conscientizar a população do tamanho da carga tributária. “O próximo passo é a realização do Feirão em outras oito capitais, entre elas Recife, Curitiba, Brasília e Fortaleza, em 7 de agosto”, adiantou o presidente da ACSP, Guilherme Afif Domingos.


Projeto
Segundo ele, também serão recolhidas entre 500 mil e 1 milhão de assinaturas para dar entrada a um projeto popular que regulamente o artigo 150 da Constituição. “Há 15 anos que os parlamentares deveriam ter tomado alguma providência e não tomaram.” A regulamentação do artigo, explica Afif, “fará com que as embalagens de produtos venham acompanhadas de um selo que informe a porcentagem de imposto que o consumidor paga em cada item”.

Segundo o presidente do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral, a estimativa é que o Governo arrecade R$ 650 bilhões com impostos neste ano. “Isso representa arrecadar R$ 54 bilhões por mês, R$ 75 milhões por dia e R$ 1,25 milhão por minuto”, acrescentou, afirmando que o brasileiro paga a maior carga tributária sobre consumo do mundo. “Em relação aos tributos que incidem sobre a folha de pagamento, estamos atrás apenas da Dinamarca.”

MARIA FERNANDA BLASER
do Diário de São Paulo

   
 
 
 

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