Para ajudar a mobilizar a sociedade para a campanha de devolução
de armas, a Secretaria de Comunicação de Governo
estuda a criação do Dia Nacional do Desarmamento,
mas ainda não há uma data prevista para sua
realização. Em outra medida para intensificar
a campanha, o diretor-geral da Polícia Federal, Paulo
Lacerda, assinou na noite desta quarta-feira a portaria que
credencia o Exército e as polícias civis e militares
a recolher armas, mas a portaria só deve ser publicada
no Diário Oficial de sexta-feira. O texto estabelece
que organizações não-governamentais,
igrejas, sindicatos, associações de bairros
e outras entidades civis poderão indicar locais para
ajudar no recolhimento de armas, mas caberá à
Polícia Federal encaminhar equipes para a tarefa.
A campanha tem superado as expectativas do governo e a Polícia
Federal deve pedir um crédito suplementar para pagar
as indenizações. Pelos dados divulgados nesta
quarta, já foram recolhidas mais de 3 mil armas, a
maioria revólveres, e a PF estima que a campanha vai
superar o objetivo de 80 mil armas este ano. O ministro da
Justiça, Márcio Thomaz Bastos, já revê
a meta e trabalha com a possibilidade de até o fim
deste ano serem recolhidas de 150 mil a 200 mil armas
JAILTON DE CARVALHO
do jornal O Globo
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