João Batista Jr.
Localizada na zona oeste da cidade de São Paulo e
com perfil boêmio, a Vila Madalena amplia sua agitação
cultural ao abrigar novos palcos de renomados grupos paulistanos.
Depois da Cia. Do Latão, agora o Satyros foi convidado
para integrar um grupo comunitário que revitaliza uma
escola pública do bairro. Com inauguração
programada para este sábado, 25, o Teatro da Vila promete
misturar arte e educação com inclusão
social.
O local em questão é o auditório da
Escola Estadual Carlos
Maximiliano Pereira dos Santos, mais conhecida como
Max, instituição que, até pouco tempo,
sofria um grande processo de deterioração. A
possibilidade de fechamento da escola, no entanto, fez com
que a comunidade da Vila se unisse: pais de alunos, moradores
e artistas se juntaram para recuperar o espaço.
A chegada do Satyros, assim, pode ser encarada como prova
da vitória do Max e de seus alunos. O Satyros irá
trabalhar a arte com os estudantes, os quais poderão
participar de oficinas de teatro e leitura de peças
em sala de aula. O grupo quer fazer da arte uma ferramenta
prática de educação. Diversas linguagens
teatrais serão abordadas, e atores amadores que estão
em fase de ensaio podem receber orientações
dos artistas do Satyros.
Para entender melhor o novo projeto comunitário do
Satyros, segue abaixo a entrevista com o fundador do grupo
Rodolfo Garcia Vasquez.
Site GD: O Satyros tem dois espaços
no centro e um na
zona leste. A abertura de um quarto palco na Vila Madalena
é sinal de um processo de expansão da companhia?
Rodolfo: Preferimos não pensar em
expansão da companhia, mas expansão da presença
do teatro na vida do paulistano. Os espaços do Satyros
não são simplesmente os espaços de uma
companhia teatral isolada, mas, sim, uma manifestação
do intenso movimento teatral da cidade e da força de
sua intervenção no espaço público.
Site GD: Como surgiu a idéia
de participar da intervenção do Max?
Rodolfo: O convite que nos foi feito para
recuperar o espaço na Vila Madalena foi uma conseqüência
da importância e da visibilidade que o teatro vem obtendo
na cidade. Agora, com a hipótese de trabalhar nessa
rede fantástica de agentes educacionais e culturais
do bairro, o Satyros se sente desafiado a lidar com novas
formas de inserção do teatro na vida da comunidade.
Veja as fotos:
Antes quando o auditório da escola era
abandonado
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Auditório em reforma para virar o Teatro da
Vila
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