A taxa
de desemprego nas seis maiores regiões metropolitanas
do país voltou a subir em janeiro e chegou a 10,2%
da População Economicamente Ativa. Em dezembro,
o resultado da pesquisa havia confirmado as previsões
mais otimistas do governo e chegado a 9,6%. O resultado abaixo
de 10% foi o primeiro desde o início da série
histórica do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística), iniciada em 2001.
O aumento da taxa de desemprego no início do ano é
cíclico. O desemprego tende a cair em finais de ano
com o aumento das contratações temporárias
e com os feriados que reduzem o número de pessoas que
procuram emprego. Com o início do ano, as pessoas voltam
a procurar trabalho e as vagas temporárias são
fechadas.
Entre as regiões, a taxa mais elevada em relação
a dezembro foi verificada em São Paulo, de 11,1%. No
Rio de Janeiro a taxa caiu para 7,4%.
A população desocupada registrou aumento de
5% em relação a dezembro. A maior parcela dos
desocupados continua sendo composta por mulheres: 56,9% em
janeiro. Entre os que procuram trabalho, 21% estavam em busca
do primeiro emprego. Entre as atividades, a maior queda foi
registrada no setor de construção civil, de
4,5%.
Renda
Apesar do aumento do desemprego, a renda do trabalhador
registrou uma melhora. Em janeiro, o rendimento médio
real do trabalhador foi estimado em R$ 919,80, expansão
de 2,2% em relação a dezembro, quando estava
em R$ 895,40.
Três das seis regiões metropolitanas registraram
queda na renda, com destaque para Recife (-2,3%) e Salvador
(-1,3%).
Em relação a janeiro do ano passado, a renda
do trabalhador aumentou 2,2%.
JANAINA LAGE
da Folha Online
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