A proporção
entre brasileiros aptos e não-aptos ao trabalho se
tornou mais favorável nos últimos dez anos,
segundo a Síntese de Indicadores Sociais, divulgada
hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em 2003, a população em idade ativa, que reúne
pessoas de 15 a 64 anos, chegou a 51,1% de cada 100 pessoas
. Em 1993, existiam 63,5 crianças e idosos para cada
100 pessoas em idade ativa.
Para o instituto, a mudança aponta para um maior peso
relativo da população potencialmente envolvida
em atividades produtivas e reflete as quedas das taxas de
fecundidade e natalidade verificadas nas últimas décadas.
Nesta equação, a redução no número
de crianças tem tido um peso superior ao aumento do
número de idosos, embora a tendência seja de
envelhecimento da população. O IBGE destaca
que o aumento da expectativa de vida e os avanços nas
áreas de saúde e saneamento básico contribuíram
para o aumento da população idosa.
A esperança média de vida ao nascer cresceu
3,6 anos de 1993 a 2003 e chegou a 71,3 anos. A das mulheres
continua superior, com 75,2 anos, enquanto a dos homens é
de 67,6 anos.
Entre os Estados brasileiros, o local onde há um maior
contingente de pessoas em idade ativa na comparação
com idosos e crianças é o Amapá, onde
a razão de dependência é de 64,8. Na contramão,
o Distrito Federal tem apenas 44,8 de cada 100 pessoas em
idade ativa.
Na avaliação do instituto, o resultado é
favorável. Com a fecundidade em queda, a oferta de
população em idade ativa tende a cair e a proporção
de idosos a aumentar. A taxa de fecundidade hoje é
de 2,3%. Diante deste cenário, haverá menos
gente trabalhando para sustentar mais pessoas.
JANAINA LAGE
da Folha Online
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