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abastecimento
27/11/2003
Maior reservatório de SP está com menos de 2% pela primeira vez na história

O Sistema Cantareira, que abastece nove milhões de habitantes, está nesta quinta-feira com 1,9% de sua capacidade. É a primeira vez na história que o nível do reservatório fica abaixo dos 2%. Nesta semana, o índice caiu dia após dia, devido à falta de chuva. A Grande São Paulo, segundo a Sabesp, passa em 2003 por uma das piores secas dos últimos 70 anos.

Apesar da situação grave, a companhia de saneamento do estado não tem previsão de anunciar a implantação de racionamento para metade da população da região metropolitana de São Paulo. A empresa, ligada ao governo paulista, espera que as chuvas de dezembro colaborem para amenizar a situação e evitar o rodízio. De acordo com a Sabesp, a operação só não foi desencadeada ainda porque seria muito complexa, devido ao grande número de residências atingidas.

De quarta-feira para quinta-feira, a capacidade do Cantareira baixou de 2% para 1,9%, mesmo tendo ocorrido chuva na região do reservatório (7,2 mm). No mês, a pluviometria acumulada é de 135 mm - a média histórica para novembro é de 156 mm.

No sistema Alto Cotia, que está nesta quinta-feira com 5,5% da capacidade, o nível tem se mantido nesse patamar desde a implantação do rodízio, em 21 de outubro. A represa abastece cinco municípios, onde vivem 440 mil pessoas.

Disputa
Em meio ao risco de racionamento na Grande São Paulo, ocorre uma disputa pelo controle do abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto na capital. Nesta quarta-feira, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e a prefeita Marta Suplicy (PT) voltaram a trocar alfinetadas.

No Palácio dos Bandeirantes, Alckmin afirmou que não iria “bater boca”, mas cobrou a dívida de R$ 253 milhões que a Prefeitura tem com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). Marta, que também disse querer evitar discussões, comparou a Sabesp a um hóspede incômodo.

Segundo Marta, a Prefeitura se sente como a dona de uma casa que recebeu um hóspede que, com o tempo, passou a ditar as regras a serem seguidas na residência, referindo-se à Sabesp.

"Ele (hóspede) começa a resolver que nessa casa não se come mais frango e, depois, que o jantar é servido às 19h e quem chegar atrasado não come mais. E o dono da casa começa a achar que assim não dá. Tem que sentar e conversar", disse a prefeita, durante evento na Bovespa.

Já o governador reafirmou que o estado vai recorrer contra a lei que passa para a Prefeitura o controle do saneamento básico ao município.

"Só 15% da água é gerada na cidade. Grande parte do tratamento de esgoto é feito em Barueri. É uma questão metropolitana que não se pode limitar apenas ao município", afirmou Alckmin.

A prefeita também respondeu às críticas do secretário de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento, Mauro Arce, que disse que a criação da Autoridade Reguladora dos Serviços de Água e Esgotamento Sanitário de São Paulo (Arsae) vai funcionar como uma espécie de cabide de empregos.

"Meu Deus, ele falou isso? Acho feio falar isso. Não tem nada a ver. Queremos uma participação nas decisões", afirmou, lembrando que 60% da receita da Sabesp é recolhida na cidade de São Paulo.

Segundo ela, há recursos que vão para os cofres gerais do estado. Arce rebateu dizendo que são expressivos os investimentos feitos pela Sabesp no município de São Paulo.


As informações são do Globo News.com.

   
 
 
 

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