RIO DE
JANEIRO (RJ) - Pela terceira semana seguida, o mercado reduziu
a estimativa de inflação para 2005. Pesquisa
semanal realizada pelo Banco Central (BC) com cerca de cem
instituições financeiras indica que o Índice
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado no sistema
de metas de inflação do governo, deve fechar
o ano em 5,68%, contra estimativa de 5,70% da semana anterior.
Mesmo com a queda, a inflação ainda ficaria
acima da meta do Banco Central, de 5,1%.
A resistência da expectativa de inflação
acima do objetivo do BC é um dos motivos para o Comitê
de Política Monetária (Copom) elevar a taxa
básica de juros da economia, a Selic.
Para 2006, a estimativa de inflação dos economistas
das instituições ouvidas pelo BC foi mantida
em 5%. O mercado também reduziu a previsão do
IPCA de fevereiro, que passou de 0,60% para 0,57%. Já
para o mês de março, a mediana das expectativas
sofreu uma pequena elevação, passando de 0,44%
para 0,45%.
O mercado estima ainda que a inflação para
os próximos 12 meses deve ficar em 5,52%, ligeiramente
acima da estimativa da semana anterior, que era de 5,55%.
Também foi mantida a estimativa para a taxa Selic
de 2005 em 17%, assim como a de 2006, que permaneceu em 15%.
Depois de o Comitê de Política Econômica
do BC (Copom) ter elevado a taxa básica para 18,75%
ao ano em fevereiro, a mediana das expectativas para março
se manteve em 19%. Ou seja, o mercado espera uma elevação
de 0,25 ponto percentual na reunião do Copom de março.
A pesquisa do BC indica ainda que os analistas dos bancos
mantêm, há cinco semanas, a estimativa para o
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, a soma das riquezas
produzidas pelo país) neste ano. A mediana das expectativas
é de 3,70%. Para o próximo ano, no entanto,
a previsão subiu de 3,70% para 3,85%.A previsão
para o saldo da balança comercial brasileira foi elevada
para US$ 27 bilhões, contra US$ 26,5 bilhões
da semana anterior. Para 2006, no entanto, houve redução,
com a mediana das expectativas passando de US$ 25 bilhões
para US$ 24 bilhões.
As informações são da Globo Online.
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