Cerca
de 23 mil jovens e adultos de 31 municípios do Cariri
e do Centro Sul receberam ontem os certificados dos programas
Brasil Alfabetizado e Alfabetização é
Cidadania, durante solenidade no Ginásio Poliesportivo
de Juazeiro do Norte, que contou com a presença do
governador Lúcio Alcântara. Eles foram alfabetizados
por meio de convênio entre a Secretaria de Educação
Básica (Seduc) e Universidade Regional do Cariri (Urca).
A ação demandou recursos na ordem de R$ 4,5
milhões. Com início em agosto do ano passado,
as aulas foram realizadas em escolas das redes municipal e
estadual, em associações e centros comunitários.
A cerimônia de ontem à noite marcou a conclusão
de trabalho iniciado pela Urca em março de 2004, que
envolveu a mobilização e cadastro dos alunos
nas regiões e a capacitação de 1.194
professores e 75 coordenadores pedagógicos para atuação
no programa.
O pró-reitor de Extensão da Urca, José
Carlos dos Santos, disse que os alunos alfabetizados no programa
que apresentem bom domínio da língua, serão
encaminhados para as turmas de Educação de Jovens
e Adultos. Isto para garantir o acompanhamento na educação
dessas turmas de formandos nos próximos meses. Uma
nova turma do programa será formada ainda neste ano.
“Nossa expectativa é cadastrar cerca de 40 mil
jovens e adultos. Esse é o maior programa de educação
do Estado na Região e o nosso objetivo é regularizar
a situação do analfabetismo adulto nos municípios
até o final do atual governo”, afirmou o pró-reitor,
complementando que, esse ano, mais municípios serão
envolvidos no projeto. A prioridade será dada àqueles
com os piores indicadores de analfabetismo.
O programa vem gerando emprego e renda, além do serviço
social na alfabetização de jovens e adultos.
Maria Lucélia Rodrigues de Lima, que mora no Sítio
São José, em Juazeiro do Norte, é um
exemplo disso. Ela é uma das alfabetizadoras e ensina
no período da noite no Distrito de Padre Cícero,
que fica a cerca de dois quilômetros da sua casa. Ela
já trabalhou no ensino infantil e diz que o programa
é uma boa chance para quem não teve a condição
de estudar. Na sua opinião, cada cidadão precisa,
no mínimo, saber ler e escrever. Ela diz gostar da
sala de aula e destaca que está ganhando “um
dinheirinho“ a mais como alfabetizadora do programa.
As informações são
do jornal Diário do Nordeste, de Fortaleza - CE.
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