João
Batista Jr.
Ainda que a busca por um estilo de vida ecologicamente correto
esteja presente em diversos setores da sociedade, algumas
áreas se destacam mais. A arquitetura, por exemplo,
tem se mostrado até agora um grande seleiro de idéias
que, se postas em prática, podem amenizar os estragos
causados pelo aquecimento global – e, de quebra, embelezar
os centros urbanos.
Depois dos
telhados verdes, agora a grande inovação
é as paredes
de plantas. O escritório de arquitetura paulistano
Triptyque desenvolveu a parede ecologicamente correta. “O
que fazemos é uma elaboração de duas
camadas de alvenaria”, conta Carol Bueno, que ao lado
dos franceses Greg Bousquet, Olivier Raffaelli e Gui Sibaud,
é a idealizadora da inovação. Entre as
duas paredes externas existem buracos pelos quais as plantas
podem crescer.
Planta dentro e fora
Algumas fendas estarão presentes na segunda camada
de parede (a interna), fazendo com que os ambientes da casa
recebam ramificações das plantas. “Pode
haver um estudo sobre o tipo de planta a ser usado”,
avisa Carol. “Assim algumas podem ajudar a acalmar o
ambiente por meio do cheiro que soltam.” O prédio
vegetal passa a atuar na cidade como uma pessoa, com necessidades
de transpirar, se modificar e viver.
A camada vegetal que funciona como pele de edifício
está começando a ganhar adeptos em São
Paulo. Autora da idéia, a Triptyque já fez dois
projetos: um na rua Colômbia (Jardim América)
e outro, em andamento, na rua Harmonia (Vila Madalena).
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