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“Freqüentemente, analistas
externos do ramo da relação entre educação
e trabalho tendem a despir o problema da sua complexidade
humanística natural. Digamos que sob um certo viés
da realidade você tem razão. Mas há uma
interminável lista de questões que devem ser
consideradas. Apenas uma delas: um jovem precisa ter a chance
de ter uma educação generalista para, eventualmente,
poder ser um intelectual como você é.”
José Luiz Acebal –
jlacebal@gmail.com
“Desta vez, você trocou
a doença pelo sintoma. A falta de dinamismo no mercado
de trabalho brasileiro é resultado de um monte de politicas
erradas, entre as quais cito: dolar supervalorizado, falta
de continuidade de projetos de caráter tecnologico
(TV digital, programa nuclear, espacial, F-X) e o não
incentivo às atividades de P&D pelas empresas nacionais.
Esta é a doença. O sintoma é o desemprego
dos trabalhadores mais qualificados.
É bom lembrar que, se o Brasil
quiser mesmo ser uma nação desenvolvida, é
preciso passarmos de exportadores de matérias-primas
e manufaturados de baixa e média tecnologia, para manufaturados
de alta tecnologia e provedores de serviços complexos.
Ao meu ver, falta as universidades brasileiras
formarem os seguintes profissionais:
Humanas - carencia de profissionais que estudem paises e/ou
regioes (ex. especilistas em mercados europeus ou em EUA).
Biológicas - há um excesso de profissionais
na área da saúde e nos cursos de biologia. Faltam
profissionais em bioinformática ou em biomecânica,
por exemplo. Exatas- onde mais há falta de profissionais.
Desde professores de física e matemática, até
engenheiros. Nas engenharias, praticamente não há
engenheiros biomédicos (equipamentos de saúde)
ou de processos biotecnológicos. Isso sem falar que
faltam profissionais em logística, ferrovias, portos,
etc.
A sua sugestão de cursos
tecnológicos é boa, mas insuficiente. Ela poderia
ate mitigar o problema de curto prazo, mas um crescimento
mais acelerado iria revelar a escassez de profissionais de
ponta. E eu ainda não citei que nossos profissionais
de nível superior raramente dominam mais de dois idiomas
(incluindo o português). Uma pena, pois isso nos tira
do mercado de softwares e da medicina global. A Índia,
destino de empresas de softwares e onde americanos de classe
média estao indo se tratar, agradece.”
Pedro -
anghellus@yahoo.com
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