Um estudo da Universidade
de São Paulo mostra que está aumentando o número
de moradias irregulares na periferia da capital e que metade
da população da cidade mais rica do país,
mora em imóveis nessas condições.
No Bom Retiro, região
central de São Paulo, três casas velhas e abandonadas
se tornaram cortiços. Abrigam cerca de 60 pessoas e
são espaços disputados. “Vêm pessoas
de vários locais, pessoas que ficam sem-teto e querem
pegar nosso lugar”, diz o vendedor Leonardo de Pontes.
Edilza da Silva, que é
ajudante geral, vive em três cômodos com cinco
filhos e o neto. A instalação hidráulica
é toda improvisada. A rede elétrica, também.
“É apertado, não tem espaço nem
para as crianças brincarem”.
Em cortiços, favelas
e loteamentos clandestinos e irregulares moram cerca de cinco
milhões de pessoas na capital. Ou seja, metade da população
não vive em condições adequadas. Só
as favelas têm um milhão e meio de moradores.
Segundo o laboratório
de habitação da USP, o número de moradias
precárias cresce principalmente nas regiões
do Jardim Ângela, na zona sul, no Itaim Paulista e em
Cidade Tiradentes, na zona leste e Vila Brasilândia,
na zona norte. “As periferias continuam crescendo em
torno de 5 % ao ano, enquanto no centro da cidade, a população
está diminuindo”, explica o coordenador do laboratório
João Setti.
Uma das ocupações
irregulares que mais preocupam os pesquisadores da USP é
a que fica entre as represas Billings e Guarapiranga, na zona
sul da cidade. A qualidade dos mananciais está sendo
comprometida principalmente pela falta de saneamento básico.
As informações são
do site Globo.com.
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