|
O namoro entre Estado e Prefeitura
durou mais de um ano e os padrinhos - entre eles o curador
Emanoel Araújo e o secretário municipal de Cultura,
Celso Frateschi -, de tanto insistir, viram ontem no Diário
Oficial do Município o decreto que oficializa a transformação
do Pavilhão Manuel da Nóbrega, no Parque do
Ibirapuera, no Museu Afro-Brasil, o primeiro dedicado à
memória e à cultura negras no País.
O prédio, de 9 mil metros quadrados,
inicialmente pertencia à administração
municipal, mas na gestão de Luiza Erundina (PSB) foi
cedido ao Estado em troca do Palácio das Indústrias.
Este ano, o imóvel voltou para a Prefeitura, que negocia
a abertura do museu desde novembro do ano passado. Após
o decreto assinado anteontem, Araújo já pensa
nos preparativos para a festa. "A expectativa é
abrir entre o fim de agosto e início de setembro",
diz.
Ainda não foi definida a data
para o início dos retoques que o pavilhão deve
receber para o museu começar a funcionar. Mas, segundo
a historiadora Renata Melo Barbosa, assessora de Frateschi,
as obras devem começar em breve. "São intervenções
simples, voltadas para adaptações museológicas
e climatização", diz. O Afro-Brasil terá
exposição permanente, com 700 obras da coleção
de Emanoel Araújo, doadas em forma de comodato.
BÁRBARA SOUZA
da Agência Estado
|