|
Da boca de cada criança,
além de um sorriso, saía aquela "fumaça"
que se forma nos dias mais frios. Ao meio-dia, o termômetro
em frente ao Masp marcava 11C. Ainda assim, a 7ª edição
do Domingo na Paulista, das 9h às 14h, atraiu cerca
de 15 mil pessoas, segundo a organização do
evento.
Criado pela Prefeitura de São Paulo como uma opção
gratuita de entretenimento e lazer, o projeto, ontem, marcou
o lançamento do programa "Recreio nas Férias"
-com atividades para ocorrerem dos dias 12 a 17 e 19 a 24
de julho, em CEUs, centros esportivos e entidades civis.
Cerca de 5.000 crianças da rede municipal de ensino
foram levadas à av. Paulista. A maioria delas parecia
não ligar para o frio. Pelo menos, não enquanto
estavam se divertindo em uma das 13 áreas de lazer
no trecho em que a Paulista ficou interditada, entre as ruas
Peixoto Gomide e Pamplona.
As crianças -e alguns adultos- podiam escolher entre
diversas atividades, como oficina de artes, aula de ioga,
escalada, apresentações musicais e teatrais,
xadrez, massagem, planetário, circo, capoeira, futebol,
basquete, futebol de botão e roda de histórias.
Em muitas dessas estações, era preciso esperar
a vez. Nas filas que se formavam, as crianças ficavam
mais encolhidas, mas não reclamavam. "Tá
frio, mas eu quero ver o que tem aí dentro" disse
Neuza, 12, na fila do planetário.
O secretário municipal dos Esportes, Júlio Filgueira,
disse que, apesar do frio, o
"Domingo na Paulista é um sucesso", pois
consegue trazer diversão para quem tem pouco acesso.
Apesar do alto índice de aprovação (86%,
segundo pesquisa realizada pela
Anhembi Turismo, uma das organizadoras), a Associação
dos Antiqüários do Estado de São Paulo
continua reclamando do fechamento da avenida ao tráfego
de veículos. Segundo o presidente da associação,
Luis de Almeida, "o evento prejudica as vendas pois afugenta
os clientes".
Celso Marcondes, presidente da Anhembi Turismo, disse que
vai buscar um entendimento com a associação.
UIRÁ MACHADO
da Folha de S.Paulo
|