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A pesquisa Datafolha mostrou uma
leve oscilação na importância do item
honestidade na decisão do voto. Em março de
2000, 22% dos paulistanos declararam que preferiam um prefeito
"que fizesse muita coisa, mesmo que roubasse um pouco".
Já no levantamento feito nos dias 24 e 25 passados,
essa taxa oscilou para 25%.
Em contrapartida, a taxa dos que preferiam um prefeito "totalmente
honesto, ainda que faça menos", oscilou de 74%,
em 2000, para 71%, no mês passado.
Duas perguntas do questionário do Datafolha abordavam
o tema da honestidade.
Na questão sobre qual era o candidato considerado "mais
corrupto", 65% apontaram Paulo Maluf (PP), seguido de
Marta Suplicy (PT), com 5%, Luiza Erundina (PSB), com 2%,
e José Serra (PSDB), com 1%. Outra questão perguntava
qual era o "mais honesto". Serra aparece em primeiro
com 26%, seguido de Erundina, com 11%, Marta, com 10%, e Maluf,
com 6%, para citar só os quatro primeiros.
O resultado da pesquisa sofre provavelmente a influência
de recentes acusações feitas por integrantes
do Ministério Público de São Paulo ao
candidato do PP, segundo as quais a família de Maluf
teria depósitos no exterior.
A última pesquisa apontou a liderança de Serra,
com 30% das intenções de voto, seguido de Maluf,
com 24%, Marta, com 20%.
Na eleição paulistana de 2000, o primeiro turno
terminou com a vitória de Marta Suplicy (PT), com 38,1%
dos votos válidos no 1º turno, seguido de Paulo
Maluf (PPB), com 17,4%, e Geraldo Alckmin (PSDB), com 17,3%.
Mas, apesar de ter chegado ao segundo turno em 2000 (quando
perdeu para Marta por 58,5% a 41,5% dos votos), a votação
de Maluf na capital paulista foi menor do que a que ele obteve
na eleição para governador, em 2002, quando
ficou em terceiro lugar no Estado: Maluf obteve então
25% dos votos na capital, índice semelhante ao exibido
pelo candidato na última pesquisa Datafolha.
Proposta
A pesquisa indicou também que aumentou, de
2000 para este ano, a proporção dos eleitores
que priorizam a proposta de governo na decisão do voto.
Na outra eleição municipal, 44% dos paulistanos
afirmavam que o mais importante na decisão do voto
era a proposta de governo, contra 40% que priorizavam a pessoa
do candidato. Bem mais atrás aparecia o partido do
candidato, com 8%.
Na pesquisa deste ano, a taxa dos que valorizam a proposta
de governo subiu para 54%, enquanto aqueles que definiam o
voto com base na pessoa do candidato caiu para 33%. O peso
relativo do partido permanece o mesmo: 8%.
As informações são
da Folha de S.Paulo.
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