SÃO PAULO - Pesquisa realizada
pela Secretaria Municipal de Assistência Social de São
Paulo, que ouviu crianças de 185 abrigos da capital,
revela que apenas 34% dos abrigados acreditam ter chances
de voltar ao ambiente familiar.
Ou seja, a maioria não tem
perspectiva de voltar a morar com os pais, pois considera
não serem adequadas as condições de vida
em família, muitas vezes desestruturada por causa da
violência doméstica e da falta de condições
financeiras.
A maioria dos abrigos de São
Paulo deveria abrigar as crianças provisoriamente,
até que a situação que provocou a desagregação
familiar fosse resolvida. O problema é que, sem apoio
do estado, as más condições persistem,
e os garotos e garotas preferem ficar vivendo longe de seus
parentes.
O estudo mostrou ainda que 67% das
crianças em abrigos da cidade de São Paulo têm
família, e a principal causa de elas estarem longe
do lar é o abandono pelos pais.
As organizações que
participaram do levantamento apontaram a ausência de
políticas sociais efetivas como uma das causas do problema.
Aparecem ainda a violência doméstica e o uso
de drogas e álcool por familiares. A maioria dos moradores
de abrigos é da raça negra e tem entre 6 a 16
anos.
O estudo, que deve ser divulgado na
íntegra nesta tarde, revela ainda que em 80% dos casos,
em que as crianças voltaram às famílias,
houve apoio financeiro, psicológico e social do poder
público.
As informações são
do Globo Online.
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