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15/12/2003
Crise e combustível caro diminuem os congestionamentos na Capital

Pelo quarto ano consecutivo, os índices de lentidão no trânsito da cidade de São Paulo devem apresentar queda. Dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) apontam que, entre janeiro e novembro de 2003, a média de congestionamento caiu 13,7% no pico da manhã e 8,6% no pico da tarde em relação ao mesmo período de 2002. A velocidade média dos veículos aumentou nas principais vias — de 28km/h para 32km/h —, mas os paulistanos continuam passando horas presos em engarrafamentos.

Pela manhã, a lentidão começou a diminuir em 2001. Durante a tarde, a queda é registrada desde o ano 2000. (confira os índices no quadro abaixo). Para a CET, a queda nos índices é resultado de uma combinação de fatores: desaquecimento da economia, otimização da operação da companhia, além da adesão crescente ao rodízio de veículos. Houve ainda uma queda no rendimento médio das pessoas ocupadas e aumento da taxa de desemprego e no preço da gasolina.

Segundo a CET, em 2002 havia, em média, 70 quilômetros de lentidão nas ruas e avenidas da cidade nos horários de pico da manhã e 108 quilômetros à tarde. De janeiro a novembro deste ano, as médias são de 63 quilômetros de congestionamento pela manhã e 101 quilômetros à tarde. Mesmo sem os dados fechados de dezembro — mês de grande movimento devido ao Natal — a CET espera fechar o ano com índices menores que os de 2002.

Na primeira semana de dezembro, a média era de 68 quilômetros de lentidão no pico da manhã e 105 quilômetros no pico da tarde. O gerente de operações da CET, Paulo Millano, ressaltou, entretanto, que os índices do mês devem diminuir, já que após o Natal a maioria dos paulistanos deixa a cidade. Neste ano, apenas em abril, junho e novembro os índices médios de lentidão da manhã foram superiores aos de 2002. Durante a tarde, no horário de maior movimento, apenas em junho e setembro os congestionamentos em 2003 superaram os de 2002.


Motivos
No período de 2000 a 2002, no qual a CET tem a queda de lentidão registrada, o preço médio da gasolina aumentou de R$ 1,32 para R$ 1,68 por litro. A taxa média anual de desemprego também cresceu, de 17,6% para 19%. O rendimento médio anual dos ocupados caiu de R$ 969 em 2001 para R$ 889 em 2002.

O presidente da companhia, Francisco Macena, ressaltou que há “um lado perverso” na redução do trânsito. Segundo ele, a pesquisa Origem-Destino realizada pelo Metrô na região metropolitana apontou que o índice de mobilidade caiu desde 2001 — indicando que as viagens a pé ou motorizadas diminuíram. “Significa que o desemprego aumentou”, afirmou Macena.

No ano de 2001, a CET implantou um novo plano operacional, aumentando de 129 para 179 o número de motocicletas e de 523 para 573 a frota de carros, aumentando o atendimento às ocorrências que atrapalham o trânsito.

PATRÍCIA EVELYN
do Diário de S.Paulo

 
 
 

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