Para cerca de 80% dos docentes brasileiros, a sociedade não
valoriza os professores. Apesar disso, 42,4% dos educadores
da rede pública estão satisfeitos com suas condições
de trabalho e 65,9% dos entrevistados não deixariam
a profissão, mesmo que pudessem.
Os dados são do estudo “As emoções
e os valores dos professores brasileiros”, realizado
pela Fundação SM da Organização
dos Estados Iberoamericanos (OEI) e coordenado pela pesquisadora
Tereza Peres. Foram ouvidos 3.584 professores, em sua maioria
do Ensino Fundamental, de 89 escolas públicas e particulares
dos estados do Ceará, Minas Gerais, Pará, Paraíba,
Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.
Mesmo com uma parcela alta de profissionais satisfeitos, segundo
o estudo, o número de insatisfeitos não é
desprezível: 36,3%.
“Os dados mostram que temos de fugir da tendência
de culpar ou paternalizar os professores. É preciso
dar condições de trabalho e compromissá-los
com a eficiência do processo pedagógico”,
acredita a pesquisadora.
O comprometimento dos docentes pode estar ligado à
maneira como eles observam a profissão. 31,6% dos professores
consideram o ensino como “atividade ligada aos valores
e à moral” e apenas 8,6% consideram a atividade
como “trabalho”.
Além disso, o estudo mostrou que 50% dos professores
se definem como equilibrados e 41% como otimistas em sua vida
pessoal. A maioria, 73,1%, afirma ser positiva em relação
a seu trabalho.
Mesmo com tudo isso, muitos aspectos precisam melhorar. Para
51% dos professores, os pais não demonstram respeito
ao professor. 39,4% dos entrevistados indicam que o principal
defeito dos estudantes é a falta de esforço
e 32,5% consideram que eles são pouco responsáveis.
Mais da metade do professorado afirma que a virtude mais importante
a ser passada aos jovens é a responsabilidade.
O estudo mostra ainda que, no fim das contas, o que importa
para os professores é o futuro dos jovens. 45,8% dos
docentes afirmam que gostariam que, no futuro, seus alunos
fossem felizes.
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