Marina
Rosenfeld
especial para o GD
Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional
dos Trabalhadores em Educação (CNTE) mostra
que o baixo índice de procura pela profissão
de pedagogo está colocando os professores na lista
dos profissionais “em perigo de extinção”.
No vestibular de 2004 da Universidade de Brasília (UnB)
815 alunos se inscreveram para disputar as vagas existentes
no curso, mas apenas 140 estudantes optaram pela carreira.
Apesar da qualidade dos cursos, os estudantes não
têm tido estímulo suficiente para ingressar no
curso. Além do baixo salário, média de
R$ 500 a R$ 700 por 20 horas semanais, a violência nas
escolas e a superlotação em salas de aula têm
desestimulado as pessoas a prestarem pedagogia.
A progressiva diminuição do ingresso de jovens
pode ser constatada pelo número de professores em cada
faixa etária. Na faixa entre 40 e 59 anos estão
53,1% dos docentes, e na faixa de mais de 60 anos estão
2% deles – idades bem próximas da aposentadoria.
Já as faixas de 25 a 39 anos e de 18 a 24 anos correspondem,
respectivamente, a 38,4% e 2,9%.
Para o diretor da Faculdade de Educação da
UnB, Herasto Fortes, essa redução só
reflete a atual situação do educador no Brasil.
“Vivemos em uma sociedade onde o professor é
desvalorizado, com greves freqüentes e lutas por salários
e respeito profissional”, comenta.
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