Chance
de ter alguma doença cardíaca é 37% menor
em pessoas que fazem a sesta.
Efeito é particularmente importante entre homens
que trabalham.
Um estudo realizado por cientistas gregos constatou que a
sesta, antigo costume em países mediterrâneos
e latino-americanos, ajuda a combater o risco de doenças
cardíacas, revelou nesta segunda-feira (12) a revista
"Archives of Internal Medicine".
Segundo a pesquisa liderada pelo médico Androniki
Naska, da Escola de Medicina da Universidade de Atenas, esse
benefício é especialmente notório nos
homens que trabalham.
O estudo acompanhou o histórico médico de 23.681
pessoas de entre 20 e 86 anos que não tinham problemas
cardíacos ou outra doença grave de 1994 até
1999. No começo da pesquisa, os participantes revelaram
se dormiam a sesta, com que freqüência e por quanto
tempo. Além disso, informaram sobre suas atividades
físicas e seus hábitos alimentares.
Durante a pesquisa, 792 participantes morreram, 133 deles
devido a problemas cardíacos. Após considerar
uma série de fatores secundários, os pesquisadores
determinaram que quem fazia a sesta ocasionalmente havia reduzido
em 12% o risco de sofrer um problema cardíaco, em comparação
com os que dormiam apenas uma vez por dia.
Entre os que faziam uma sesta de mais de 30 minutos pelo
menos três vezes por semana, o risco cardíaco
era 37% menor. Entre os homens que trabalhavam e que podiam
dormir alguns minutos ao meio-dia, as possibilidades de ter
problemas no coração eram 64% menores.
Os cientistas explicam que não puderam comparar esses
dados com os das mulheres que trabalham porque, no período
da pesquisa, ocorreram apenas seis mortes de participantes
femininas. "Os resultados de nossa pesquisa nos levam
a concluir que, entre os adultos saudáveis, a sesta
pode reduzir a mortalidade coronária", afirmam.
"O fato de que a relação é mais
profunda em homens que trabalham e que sofrem as tensões
de sua atividade é compatível com a hipótese",
acrescentam.
Da EFE
As informação são do portal G1. |