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capital humano
23/03/2006
Alunos da rede pública têm aulas mais curtas

 

As desigualdades na educação se refletem não apenas no acesso diferenciado à escola, mas também no tempo em que os estudantes passam em sala de aula. Os dados do IBGE mostram que 71,9% das crianças ficavam mais de quatro horas diárias na escola nas instituições particulares de ensino médio. Na rede pública, esse percentual caía para 49%.

O mesmo ocorre no ensino fundamental: na rede privada, 56,3% dos estudantes ficavam mais de quatro horas na escola, contra 38,5% dos alunos da rede pública.

Para Denise Carreira, coordenadora-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, o pouco tempo de permanência na rede pública é resultado de escolhas equivocadas: "Para dar conta da demanda, muitos sistemas optaram por jornadas mais curtas e por aumentar o número de alunos em sala de aula, o que compromete bastante as condições de ensino e de aprendizagem".

Para Jorge Werthein, assessor especial do secretário-geral da Organização dos Estados Ibero-americanos, os dados mostram que, apesar dos avanços na questão do acesso à educação, o país ainda não conseguiu enfrentar de forma decidida a reprodução das desigualdades sociais na educação: "É fundamental no processo escolar a maior permanência dos alunos na escola. E são aqueles que têm mais recursos para colocarem os filhos na escola privada é que estão estudando mais tempo. Lamentavelmente, o que acaba acontecendo é uma reprodução das desigualdades. Isso mostra, mais uma vez, como temos no Brasil tipos de oportunidade relacionadas com a classe social".

Werthein destaca as desigualdades regionais, já que 68,5% das crianças do Sudeste estudam mais de quatro horas por dia no ensino fundamental, enquanto no Nordeste esse percentual fica em 21,8% e, no Norte, em 20,2%. Os Estados com maior proporção de estudantes que permaneciam mais de quatro horas na escola foram Distrito Federal (87,6%), Espírito Santo (73,0%), São Paulo (70,4%), Minas Gerais (62,8%) e Goiás (56,2%). Os menores percentuais foram encontrados no Acre (6,3%), Ceará (8,8%), Santa Catarina (10,6%), Tocantins (13,1%) e Mato Grosso (13,4%).

As informações são da Folha de S.Paulo.

   

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