Influenciado
pelas férias escolares, o período de julho rendeu
dois recordes à internet brasileira. O país
registrou no mês passado o maior volume de internautas
residenciais (23,7 milhões de pessoas) e maior tempo
médio de navegação (24 horas e 54 minutos
por pessoa). Os dados foram divulgados nesta quarta-feira
(27) pelo Ibope/NetRatings.
Em julho de 2007, o país tinha 18,5 milhões
de internautas residenciais --ou seja, houve crescimento de
28% em um ano. O número também é 3,5%
maior se comprado a junho deste ano. Nesta categoria, o Ibope
considera apenas internautas que acessaram a rede ao menos
uma vez de casa.
O internauta residencial brasileiro também ficou 1
hora e 42 minutos a mais on-line do que em junho, em média.
É o maior patamar alcançado desde o início
da pesquisa, em setembro de 2000.
Os dados mostram também que, de férias, os
internautas mirins se destacaram na rede. Cerca de 2,5 milhões
de crianças de dois a 11 anos navegaram de casa no
período --10,6% do total de pessoas que acessaram a
rede no país.
De acordo com a metodologia do Ibope, o Brasil possui o internauta
residencial é o que mais tempo fica na rede. Os países
que mais se aproximaram do tempo brasileiro são Alemanha
(21 horas e 6 minutos), os Estados Unidos (20 horas e 50 minutos),
a França (20 horas e 17 minutos) e o Japão (19
horas e 21 minutos).
Dados relativos ao primeiro trimestre deste ano apontam que
41,5 milhões de pessoas com 16 anos ou mais dizem ter
acesso à internet de qualquer ambiente --casa, trabalho,
escola, LAN houses etc.
A internet também foi o meio de comunicação
que mais cresceu, percentualmente, em investimento publicitário
no Brasil durante o primeiro semestre deste ano. A rede faturou
R$ 321 milhões no período, uma alta de 45% em
relação ao ano passado. Os dados são
do projeto Inter-Meios, que mede o faturamento de empresas
de mídia.
O avanço da web, tanto em audiência quanto em
publicidade, afeta o desempenho da TV, maior meio de comunicação
do país, segundo o Ibope.
Na última sexta-feira, Fernando Bittencourt, diretor
de engenharia da Rede Globo, afirmou que os radiodifusores
sentem saudades do tempo em que não havia ameaça
das novas mídias ao seu modelo de negócios.
Folha Online
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