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O Datafolha mostra que 92% apóiam a construção
e o aperfeiçoamento de corredores de ônibus,
96% defendem a aceleração das obras do metrô
e a reforma das linhas de trem para torná-las semelhantes
ao metrô, 99% querem a melhoria da qualidade e 93% pedem
aumento da quantidade de ônibus -o que é considerado
desnecessário pela gestão Kassab. Além
disso, 89% são a favor de completar a obra do Rodoanel.
A ampliação do rodízio de veículos
para dois dias por semana só não encontra apoio
entre os usuários de carro. Segundo o Datafolha, 54%
dos paulistanos que usam carro mais do que outros meios de
transporte são contra a medida -44% são favoráveis.
O índice de rejeição ao pedágio
urbano para acesso ao centro é maior entre os que andam
mais a pé: 80% contra e 17% a favor. Entre usuários
de carro, 78% são contra.
Quanto à implantação de pedágio
nas principais vias, os motoristas voltam a liderar o ranking
da rejeição: 79%. Esse índice é
de 70% entre usuários de metrô ou de ônibus.
O paulistano perde, em média, 109 minutos por dia no
trânsito. Usuários de carros perdem 115 minutos;
de ônibus, 113 minutos; de metrô, 109 minutos.
Ao todo, 23% dos paulistanos perdem mais de duas horas por
dia no trânsito.
Trecho da matéria Maioria é a favor da ampliação
do rodízio, publicada pela Folha de S.Paulo. Leia a
matéria na íntegra:
Maioria é a favor da ampliação do rodízio
Segundo Datafolha, 56% dos paulistanos aceitam que restrição
se estenda a 2 dias por semana; 74% rejeitam pedágio
urbano
Para 87%, trânsito é
ruim ou péssimo; reprovação ocorre num
período em que a cidade registrou sucessivos recordes
de congestionamento
O morador de São Paulo reprova
a condição do trânsito da capital, aceita
a ampliação do rodízio de veículos
para dois dias por semana, mas é contra a cobrança
de pedágio urbano como medida para a redução
dos congestionamentos. As constatações são
da mais recente pesquisa Datafolha.
O trânsito é considerado ruim ou péssimo
por 87% dos paulistanos, segundo o levantamento. Entre os
serviços sob a responsabilidade da prefeitura este
é, de longe, aquele com a pior avaliação
-em segundo lugar vem a saúde, com 55%.
Entre as medidas de combate ao problema, 56% se dizem a favor
de ampliar de um para dois os dias de rodízio por semana,
mas significativos 39% são contra a idéia -2%
não sabem e 3% são indiferentes.
Já a proposta de pedágio urbano tem forte rejeição.
É reprovada por 74% -24% aprovam, 1% é indiferente
e 2% não sabem. A implantação do pedágio
nas principais vias, como as marginais, tem reprovação
de 70% -27% são a favor, 1% é indiferente e
2% não sabem.
A pesquisa Datafolha foi realizada nos dias 25 e 26 de março
com 1.089 pessoas maiores de 16 anos. A margem de erro é
de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
A reprovação ao trânsito ocorre num período
em que a cidade registrou sucessivos recordes de congestionamento.
Na quinta-feira, por exemplo, foram 229 km de lentidão
às 19h, a maior marca desde julho de 2007, quando a
CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) passou a adotar
os critérios de medição atuais.
Nos últimos 20 dias, o prefeito Gilberto Kassab (DEM)
anunciou dois pacotes para o trânsito. O primeiro, que
incluía obras em corredores de ônibus e a divulgação
de rotas alternativas, foi considerado "tímido"
por especialistas.
Na semana passada, ele apresentou medida que restringe a circulação
de caminhões em parte do centro expandido das 5h às
21h. Os caminhões terão ainda de seguir o rodízio
nas marginais Tietê e Pinheiros e na avenida dos Bandeirantes.
A prefeitura diz que só poderá avaliar os efeitos
depois de 60 dias das medidas implantadas -o que ocorrerá
45 dias após a publicação do decreto,
prevista para esta semana.
Ao mesmo tempo, Kassab descarta a ampliação
do rodízio. Para ele, aumentar a proibição
para dois dias por semana seria uma medida "radical"
e, por isso, não está em estudo.
Impopular
A reprovação popular ao pedágio urbano
em São Paulo é semelhante à que foi constatada
em outras cidades do mundo -como em Oslo, na Noruega- antes
da implantação da regra.
A Folha apurou que Kassab não admite que se fale sobre
o assunto em público neste ano de eleições.
Ele tenta viabilizar sua candidatura à reeleição
-está em terceiro lugar, segundo pesquisa do Datafolha,
atrás de Marta Suplicy (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB)-
e sabe que uma proposta impopular pode minar suas ambições.
O Datafolha mostra que 92% apóiam a construção
e o aperfeiçoamento de corredores de ônibus,
96% defendem a aceleração das obras do metrô
e a reforma das linhas de trem para torná-las semelhantes
ao metrô, 99% querem a melhoria da qualidade e 93% pedem
aumento da quantidade de ônibus -o que é considerado
desnecessário pela gestão Kassab. Além
disso, 89% são a favor de completar a obra do Rodoanel.
A ampliação do rodízio de veículos
para dois dias por semana só não encontra apoio
entre os usuários de carro. Segundo o Datafolha, 54%
dos paulistanos que usam carro mais do que outros meios de
transporte são contra a medida -44% são favoráveis.
O índice de rejeição ao pedágio
urbano para acesso ao centro é maior entre os que andam
mais a pé: 80% contra e 17% a favor. Entre usuários
de carro, 78% são contra.
Quanto à implantação de pedágio
nas principais vias, os motoristas voltam a liderar o ranking
da rejeição: 79%. Esse índice é
de 70% entre usuários de metrô ou de ônibus.
O paulistano perde, em média, 109 minutos por dia no
trânsito. Usuários de carros perdem 115 minutos;
de ônibus, 113 minutos; de metrô, 109 minutos.
Ao todo, 23% dos paulistanos perdem mais de duas horas por
dia no trânsito.
Evandro Spinelli
Alencar Izidoro
Folha de S.Paulo
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