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A escola Prof. Antonio Alves Cruz estava ameaçada de
fechar as portas por falta de alunos e debandada de professores.
Aquela crise motivou pais, alunos e ex-alunos, que criaram
um movimento chamado Fênix, numa referência à
ave mitológica que renasceu das cinzas. Na lista do
Enem, o colégio ficou em 11º lugar entre as melhores
escolas estaduais da cidade de São Paulo. Coloquei
neste
link mais casos bem-sucedidos da relação
da escola com a comunidade. (Leia
a coluna "Renascidos das cinzas" na íntegra).
Entenda mais sobre a escola Prof. Antonio Alves Cruz:
Com participação
da comunidade, escola pública ultrapassa média
do Enem
“Os alunos agora sentem prazer
de estudar. Eles se identificam com a escola e sabem que são
os grandes responsáveis pelo bom desempenho que a instituição
vem obtendo”. A frase de Teresa Cristina Salles Santos,
coordenadora pedagógica da Escola Estadual Antônio
Alves Cruz, na Vila Madalena, resume a nova fase do colégio,
que nesta sexta-feira (4), segundo o Inep (Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacionais), obteve a média
de 56,58 na avaliação do Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem). A média geral do Município
de São Paulo foi 49,136.
Com 51 anos de funcionamento, o colégio,
hoje, está bem diferente do que era há oito
anos. Na época, a degradação do ambiente
somava a evasão de estudantes e a falta de continuidade
na administração – em um período
de um ano eles tiveram sete diretores. Em 2000, o Alves Cruz
tinha 594 matriculados, um número muito menor da metade
de sua capacidade total, 1.800 alunos.
Para reerguer o Alves Cruz, que antes
era chamado pelos próprios estudantes de “Alves
Clube”, um grupo de ex-alunos formado por médicos,
arquitetos e administradores, resolveu juntar forças
e juntos, em 2000, criaram a ONG Associação
Fênix para o Desenvolvimento da Educação
e Cultura. “Foi um trabalho de formiguinha. Era preciso
antes despertar o interesse de estudantes, pais e professores
pelo destino da escola, fazer reformas e combater o declínio
pedagógico”, diz Teresa, que trabalha na escola
há 4 anos.
“Foi feito um mutirão.
Diversas frentes participaram da reconstrução
da escola. ONGs, alunos e ex-alunos, docentes e a própria
comunidade trabalharam juntas para acabar com a nossa péssima
fama”, acrescenta a coordenadora. “Não
foi fácil e sabemos que ainda precisamos melhorar,
mas depois destes anos todos, hoje, posso dizer que é
muito prazeroso trabalhar aqui”.
Este ano as expectativas são
boas. “Estamos tentando fazer uma história melhor.
A Alvez Cruz finalmente achou seu rumo”, finaliza Teresa.
Paula King
Portal Aprendiz
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