Em mais
um lance da disputa pelos "padrinhos políticos",
Marta Suplicy (PT) disse ontem que José Serra (PSDB)
pode não ter o mesmo tratamento do governo federal
se for ele o eleito.
Segundo a prefeita, o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva conhece seus projetos, tem "sintonia" com
suas propostas e já comprometeu-se a liberar verba
para que sejam tocados. No caso de Serra, os projetos ainda
teriam de ser avaliados pelo Planalto e "nem sequer foram
apresentados".
A prefeita licenciada voltou a repetir que o tucano "pega
carona" em suas idéias.
"Eles criticam, criticam, não olham para o próprio
umbigo, eu diria, para as próprias penas, só
olham para os outros", disse Marta, ao comentar problemas
na educação e na saúde do governo estadual,
comandado pelo tucano Geraldo Alckmin.
O presidente do PT, José Genoino, que acompanhou Marta
em corpo-a-corpo em Cangaíba (zona leste), negou que
a declaração da prefeita seja uma ameaça
velada de que Serra vai ser prejudicado. "É questão
de sintonia, não de discriminação."
Para defender seu ponto de vista, citou mais uma vez o bom
relacionamento com o prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL), que
viaja hoje a São Paulo para apoiar o candidato do PSDB.
Para Genoino, o PSDB é o culpado pela antecipação
da discussão sobre 2006.
"Quem é que está lançando a campanha?
Os dois tucanos-mor, Tasso [Jereissati] e Alckmin", disse
o petista.
As informações sã
oda Folha de S.Paulo. |