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27/10/2006
Carta da semana
Instrumento de Libertação
"Dentre
as questões mais importantes a serem tratadas nos dias atuais
na sociedade é o papel da educação no desenvolvimento. É certo
que essa área deve ser o eixo central de qualquer pretensão
nesse tipo de política. Desde grandes tempos passados e eventos
históricos, o espaço da educação sempre nutriu grande interesse
de governantes. Mas, atentamos para a evolução e adequação
desse elemento de acordo com o período adotado.
Hoje o sistema educacional, especialmente
o brasileiro, ainda não se encontra adaptado às
necessidades atuais. O ensino praticado nas escolas é,
na sua mais proporcional essência, o mesmo adotado há
décadas. Precisa-se destacar a atitude de escolas que
propõe políticas e práticas inovadoras
que opõe ao comodismo e a falta de mudanças.
O modelo vigente privilegia o método
antigo da valorização do saber sobre o como
saber. Avaliações erradas, como provas que culminam
no injusto vestibular, funcionam como pilares dessa atitude
antiquada. Outro fato errado é a punição
severa que a escola propõe a seus alunos, quando erram.
Seguindo essa prática o acerto é válido,
não importando a forma como é alcançado.
O erro, ou a admissão dele, não é respeitado
como normal em qualquer processo de aprendizado. Isso, futuramente
gerará problemas de ética e moral nos alunos.
Já diria o gênio da física
Albert Einstein que: "A imaginação é
mais importante que o conhecimento". Talvez quando os
responsáveis por essas políticas atentarem para
a nova forma de se administrar a educação, a
sociedade, em fim, terá uma educação.
Isso exige participação da comunidade escolar
incluindo professores, diretores e alunos, todos ainda cercados
da comodidade. Para alçar isto, também exige
a participação de parte da população
que ainda sofre de incoerência política. Afinal,
a educação é o espaço mais importante
da sociedade e como definiu Paulo Freire: "O que me surpreende
na aplicação de uma educação libertadora
é o medo da liberdade",
Guilherme Vidal - guividal@gmail.com
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