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16/11/2007
Carta da semana
Secas de saudades do samba do meu Brasil
"Saudades do meu
Brasil
Lembranças de uma estação que se perdeu
na estrada esburacada,
que o misturado cavou,
o negro sangrou,
o branco cuspiu.
Lágrimas perdidas que escorreram
sobre meu rosto mulato,
meu corpo moreno, escandalizado, delgado
Carícias perdidas no nevoeiro da mata. Oh mata Brasil!
grita minha Amazonas que lá minha alma se lavou,
se molhou, se machucou, se curou.
E no meio de tantas belezas, vens
as histórias que o escravo contou
e a mama passou por criança a esperança que
a chama Brasil não apagou!
O ilhas de Noronha, se juntem as do meu Rio que abraçada
as da Bahia estas!
O minha grande São Paulo, vens aqui no aconchego de
Minas que
vendo os encantos do cerrado, que meu Goiás criou.
Por que tanta vergonha, sacanagem
e malandragem tens vocês aristocratas,
Por que não tens orgulho a sua pátria por natural,
e só pensa em desfila na passarela do altar junto aqueles
que
"transformaram seu país em um puteiro, só
pra ganhar dinheiro"!
E assim se revela a cor da raça de maldade que tu tens
de ter
Eu penso e me entristeço a cada noite,
onde aqui,
a lua vens brincar com as estrelas,
e vocês mais parecem robôs,
não sabem chorar nem sorrir a
dor e o glamour,
que o samba nos levou.
Oh! Minha pátria Brasil!
Chores as dores das cores que a nossa primavera nos levou,
chores pelas tristezas que nos mesmos escapamos,
brinque com as crianças que aqui não passam
fome, e se passam,
é porque as torturas que sofremos de nosso "líderes"
foram causadas por este mundo, não mundo em que os
"deuses do many" nos deixaram.
Mas não chores pela
nossa esperança ainda não perdida,
Pois, esta ainda és bem vinda em nossos puros corações!
Nós somos gente, não somos animais!
E aqui estás a poesia, do chegar e do partir,
do pensar e do agir,
do gostar e do amar,
do sentir e apelar."
Estellita Lamounier,
garota de 10 anos -
lamounier-cultura@uol.com.br
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