É um desastre a decisão
do governo de expulsar o repórter do "The New
York Times". Não é uma decisão sóbria.
Prejudicou tanto o governo (ou mais) do que a leviana reportagem
do jornal americano.
A imprensa brasileira, pelos seus mais importantes e independentes
colunistas, vinha mostrando as impropriedades da reportagem
do jornal americano. Ninguém sério bancou a
insinuação de que eventuais gafes de Lula vinculavam-se
ao excesso de álcool.
Ao expulsar o repórter, Lula faz do país uma
republiqueta abalada por uma simples reportagem publicada
pela imprensa internacional, constrange a atuação
dos jornalistas estrangeiros, e passa uma imagem, queira ou
não, de autoritarismo. Ninguém estava inspirado
por nenhum tipo de estimulante etílico ao tomar tal
decisão, mas, sinceramente, é como se estivesse.
|