Grasiela
Cardoso
especial para o GD
Detectar barreiras arquitetônicas por meio de um mapeamente
realizado na USP (Universidade de São Paulo) e, ao
mesmo tempo, criar soluções que viabilizem o
acesso do portador de deficiência ao ambiente universitário.
Esse é o principal foco do programa “USP Legal”.
Segundo a gerente do programa USP Legal, Claudia Pires, ainda
há muito o que ser feito para promover a inclusão
do deficiente. “Quando elaboramos o mapeamento na USP
encontramos muitas barreiras como por exemplo: pisos soltos
e irregulares, vegetação no calçamento
e ausência de vagas para portadores de deficiência”,
conta. Na universidade, cerca de 90% do espaço já
foi mapeado.
A partir dessas constatações, o programa resolveu
criar um relatório que está sendo enviado para
todas as unidades da USP, tanto na capital quanto no interior.
A proposta é levar diversas informações
sobre adaptação de lugares externos para cada
diretor pois, com isso, eles poderão requisitar todos
os materiais necessários para inclusão do aluno
portador de deficiência.
“O material será entregue somente na USP, mas
isso não significa que as demais universidades possam
realizar o mesmo trabalho que foi feito aqui. Pelo contrário,
a nossa idéia é fazer com as demais universidades
possam realizar as devidas melhorias em seus espaços
para incluir o aluno portador de deficiência para a
universidade”, disse a gerente do projeto da USP onde
estudam mais de 600 portadores de deficiência.
Fundado há três anos, o programa USP Legal é
formado por docentes e funcionários da universidade.
A entidade trabalha em quatro linhas para enfrentar a exclusão:
barreiras físicas (eliminação de espaços
inadequados para o portador, inserção de transportes
adaptados); barreiras pedagógicas (distribuição
de materiais para os alunos deficientes e vestibular adaptado);
barreiras de atitudes (conscientização e sensibilização
de todos os que fazem parte da USP) e normas de diretrizes
(elaborar e sustentar regras que garantam a inclusão
do portador na universidade).
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