Mais de 100 professores indígenas
começaram, ontem, em várias regiões da
Bahia, a terceira etapa do Programa de Formação
Continuada para Professores Indígenas. Neste estágio,
eles vão aperfeiçoar seus conhecimentos na alfabetização
de crianças da 1ª a 4ª série. Nas
duas últimas ocasiões, os professores tiveram
aulas de matemática e de questões ligadas aos
direitos indígenas.
"A educação indígena está
precária. Não há estrutura física
descente e várias comunidades precisam de reformas",
afirma Olgalice de Jesus, uma das coordenadoras do projeto,
que acompanha um grupo de professores no sul da Bahia. Hoje,
há 49 escolas para índios no Estado, com um
número aproximado de 200 professores e quatro mil alunos.
As escolas indígenas diferenciam-se pela inclusão
da língua materna e pelo enfoque nas tradições
nativas. Porém, elas não deixam de ensinar,
também, a língua portuguesa, segundo Olgalice.
Ela explica que nesta etapa do programa, por exemplo, os professores
vão trabalhar os fundamentos teóricos da alfabetização,
porque “os processos tanto na língua indígena
como na portuguesa são os mesmos”.
A programação vai se concentrar nos temas teóricos
até amanhã, quando então começam
as aulas expositivas. “Aí, os professores vão
apresentar atividades que eles desenvolvem na aldeia”.
A relação dos índios com as suas tradições
e culturas variam de acordo com as tribos, afirma a coordenadora.
“Nos pataxós, ao norte, por exemplo, a tradição
é levada muito a sério. Já na região
dos Quiriri, ao sul do Estado, a relação cultural
é mais fraca”.
As informações são
do site Pnud Brasil.
|