QUIXADÁ (CE)- Expor a ótica
cinematográfica do sertanejo, através de uma
produção caseira e independente. Esse é
o objetivo do longa metragem que está sendo produzido
pelo Grupo Cultural de Dom Maurício, uma Organização
Não Governamental (ONG) atuante na região do
Sertão Central há quase 20 anos.
O grupo cultural conta com 65 integrantes,
todos eles participando direta ou indiretamente da produção
do longa-metragem, cujo título é “Gota
dágua”.
O projeto surgiu de uma peça
teatral escrita e dirigida pelo atual presidente da entidade
cultural, João Batista Rodrigues de Sousa, quixadaense,
36 anos, assumindo ele a direção dos trabalhos
cinematográficos, sendo ainda roteirista e produtor
da obra que ele mesmo escreveu. “40 % da película
já foi produzida”, afirma, entusiasmado.
Apesar das dificuldades econômicas
e técnicas eles utilizam equipamentos improvisados
os integrantes do grupo cultural não esmorecem. Se
dizem entusiasmados com a idéia e o propósito
de exibirem a realidade de seu povo, sofredor do revés
da seca, mas sempre esperançoso por tempos melhores,
“jamais praguejando a terra querida”, explica
João Batista.
O filme “Gota dágua”
retrata o cotidiano nordestino, envolto à arrogância
e opressão de um perverso fazendeiro, o qual prefere
saciar a sede de seu gado à do seu povo. Enfocando
ainda a fé, festas e costumes regionais.
Além do filme, a ONG também
se organiza para a encenação da “Paixão
de Cristo” pelas ruas e vielas de Dom Maurício,
o que já é tradição na Sexta-Feira
Santa e mobiliza toda a comunidade.
O distrito de Dom Maurício
nasceu na Serra do Estevão cujo pico atinge 600 metros
de altura. Fica situado a 22 Km da cidade de Quixadá
e seu principal acesso é pela CE-020.
As informações são
do jornal Diário do Nordeste, de Fortaleza CE.
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