Cassia
Gisele Ribeiro
Especial para o GD
Os corais do Projeto EmCantar, compostos de mais de 450
pessoas das regiões de Uberlândia e Araguari,
em Minas Gerais, devem atingir a marca de 300 apresentações
no próximo ano. A ONG atua há oito anos com
objetivo de, por meio da música, levar cultura e consciência
da preservação ambiental para membros dessas
comunidades.
Quando a ação foi criada , inicialmente, tinha
o objetivo de levar às crianças da comunidade
músicas que elas não ouviam no rádio,
por meio de oficinas de canto, voz e musicalidade. "Com
o tempo, percebemos que música é também
um instrumento eficaz no sentido de formar valores e conceitos
de cidadania", diz Ana Paula Rabelo, coordenadora do
Núcleo Ambiental Cuitelinho, um dos focos do projeto.
O Núcleo Ambiental Cuitelinho foi criado em 2001,
como primeiro passo para a idéia de promover e desenvolver
uma convivência responsável de relacionamento
com o meio ambiente e com as demais formas de vida. "O
objetivo de sua criação é, portanto,
consolidar as atividades realizadas pelo EmCantar, proporcionando
um outro olhar sobre a atuação individual e
coletiva no espaço ocupado e suas implicações
no contexto social", afirma a coordenadora.
Em 1999, os corais gravaram o CD EmCantar, que contou com
18 músicas. Destas, sete eram próprias e o restante,
composições já consagradas que abordam
temas ambientais. Nesse ano, foi lançado um CD Mutirão,
que possui somente músicas inéditas. Foi produzido
também uma série de seis documentários
sobre manifestações culturais da região
do Triângulo Mineiro.
Hoje as atividades dos grupos são divididas em três
temas principais: ambiental, musical e cultural. "No
entanto, elas acontecem de forma integrada, reforçando
a idéia de interação entre espaço,
modo de vida e arte", conta. As oficinas acontecem semanalmente.
"Valorizar o mundo e compartilhá-lo de forma saudável
em todos os níveis de relações tem sido
um dos princípios norteadores do Projeto EmCantar",
afirma Ana Paula.
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