É no litoral do Nordeste
estão os maiores coqueirais do país. O Brasil
produz quase dois bilhões por ano, principalmente na
Bahia, no Pará e no Ceará. Do coco tudo se aproveita.
Na indústria, a água ganhou uma versão
em caixinhas. A polpa vira leite e óleo. O coco ralado
é o tempero principal da tapioca, prato típico
do Ceará.
“A casca do coco não tem utilidade, mas serve
como brasa para o fogo”, contou a tapioqueira Valdenísia
Gomes.
A casca agora também virá artesanato. Em uma
oficina de fundo de quintal, o trabalho começa com
o corte feito com máquinas improvisadas. Eles furam,
lixam e em pouco tempo a casca ganha outro designer.
“A gente faz um bocado de peças variadas”,
falou o artesão Francisco José de Souza.
Os pedaços são coloridos com pistola e retocados
à mão. Depois de secas, as peças vão
para a última etapa da produção. Elas
chegam em cores, formatos e tamanhos diferentes. Em que serão
transformadas dependerá da criatividade e da inspiração
de cada artesãs.
São bijuterias, bolsas e objetos decorativos. As mulheres
fazem 15 tipos de produtos com a casca do coco. Em vez de
agulha usam arame para costurar o cinto.
Só nessa oficina o artesanato de coco dá trabalho
para 20 pessoas. O sonho dos artesãos é conquistar
novos mercados. A comerciante Francisa Peres revende as peças
para outros cinco Estados brasileiros e já exporta
para Cabo Verde e para a Itália.
“O sucesso é tão grande que eles vêm
de dois em dois meses repetir o mesmo pedido”, contou
Francisa.
As informações são
do site Globo.com.
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