Luís Gustavo é um
menino sorridente, ativo, bem diferente de três anos
atrás. "Ele não sentava, não tinha
reações nem estímulos, não pegava
os objetos e não sorria", contou Ana Lúcia
Santos, mãe do menino.
A evolução de Luís Gustavo é
resultado do trabalho desenvolvido pelo Núcleo de Atendimento
à Criança com Paralisia Cerebral, uma organização
não-governamental que dá assistência gratuita
a 200 meninos e meninas, a maioria de famílias pobres
de Salvador. Criado há quatro anos, o núcleo
tem uma equipe de 40 profissionais e ainda conta com a boa
vontade de 20 voluntários. Gente que se dedica ao trabalho
em tempo integral.
Foi com ajuda da fisioterapia que, aos cinco anos, Cléverson
conseguiu ficar em pé. Sérgio opera o teclado
de uma forma diferente na aula de informática, mas
o rendimento é igual ao das outras crianças.
Com as fonoaudiólogas, as crianças conseguem
desenvolver a fala. E a musicoterapia faz com que elas se
sintam integradas.Na piscina, é desenvolvida uma das
atividades que a garotada mais gosta. Como a água reduz
o peso do corpo, a hidroterapia serve para estimular os movimentos
das pernas.
À medida em que o trabalho foi avançando, surgiram
novos desafios. Um deles era dar uma melhor qualidade de vida
para as mães. Os coordenadores do projeto notaram que
80% delas sofrem de problemas na coluna por ter de carregar
os filhos boa parte do tempo. A solução foi
dar aulas de hidroginástica uma vez por semana.
A história do núcleo de apoio à criança
com paralisia cerebral vai virar livro. Um dos capítulos
está sendo escrito por uma adolescente de 17 anos que
há quatro é atendida pela organização.
Crisleide tem um raciocínio perfeito. A aluna do segundo
ano do ensino médio fala com dificuldade, mas coloca
as idéias no computador com clareza. "Quero passar
para as pessoas que se encontram na mesma situação
que eu que elas podem ser independentes", disse.
As informações são
da Globo.com
|