A ministra do Meio Ambiente, Marina
Silva, lançou no dia 18, no município de Registro,
no Vale do Ribeira (São Paulo), um programa que distribuirá
R$ 48 milhões para projetos voltados à recuperação
e à preservação da Mata Atlântica.
Os projetos serão elaborados e implementados por Organizações
Não-Governamentais (ONGs), em possível parceria
com universidades ou órgãos públicos.
Os recursos são provenientes
do governo alemão e do próprio Ministério
do Meio Ambiente (MMA), e servirão para a criação
de áreas protegidas federais, estaduais, municipais
e privadas. Também serão implantados corredores
ecológicos e haverá verba para o plantio de
florestas, pesquisas e promoção do ecoturismo.
Com isso, acredita-se que poderá haver uma maior preservação
das espécies ameaçadas. No Ceará, vários
pássaros constam nessa lista.
Para o repasse, serão realizadas
duas chamadas para projetos nacionais, locais e regionais.
Além da chamada nacional, ao longo do ano serão
lançadas outras iniciativas para implantação
de um programa de monitoramento participativo da Mata Atlântica;
estudos sobre os serviços ambientais da Mata Atlântica
e desenvolvimento de mecanismos financeiros inovadores; campanha
de conscientização e mobilização
sobre preservação do bioma; elaboração
de planos e implantação de corredores ecológicos
em áreas prioritárias.
O Vale do Ribeira foi escolhido para
o lançamento do programa porque abriga importantes
remanescentes da floresta que cobria 1,3 milhão de
quilômetros quadrados, do Nordeste ao Sul do País.
Marina Silva lembrou a importância
da parceria com a Alemanha. “O governo alemão
é um colaborador histórico do Brasil na busca
do desenvolvimento sustentável”, disse, destacando,
também, a participação da Rede de ONGs
da Mata Atlântica nos debates sobre temas relacionados
ao Bioma.
A ministra ressaltou, ainda, que o
MMA está trabalhando para aprovar, este ano, o Projeto
de Lei da Mata Atlântica e o Projeto de Lei sobre G
estão de Florestas Públicas, ambos tramitando
no Congresso Nacional.
Segundo suas informações,
os projetos são fundamentais para a proteção
do que resta da Mata Atlântica e para viabilizar a remuneração
dos serviços prestados pela floresta. Em Registro,
o MMA também lançou o Plano de Desenvolvimento
Sustentável (PDS) do Vale do Ribeira, em parceria com
os ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA)
e do Desenvolvimento Social (MDS).
MARISTELA CRISPIM
do jornal Diário do Nordeste, de Fortaleza - CE
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