Um projeto realizado na zona sul
de porto alegre mostra que a rua não serve apenas para
desencaminhar crianças e adolescentes. Sobre o asfalto,
24 meninos e meninas em situação de vulnerabilidade
social recebem aulas de tênis duas vezes por semana,
melhorando a auto-estima e o rendimento escolar.
Lançado há menos de um mês, o segundo
núcleo da Fundação Tênis na Capital
oferece a prática de esporte a alunos da Escola Municipal
Chapéu do Sol como antídoto contra a falta de
perspectivas. A fundação, uma ONG criada em
2001 e mantida pelas empresas Gerdau, Copesul, Colombo e Citybank,
procura reduzir o risco de evasão escolar e melhorar
o desempenho em sala de aula. Além disso, acaba contribuindo
para elevar o conceito dos atletas mirins sobre si mesmos.
"Quando passeamos no shopping, as crianças andam
com a raquete na mão. Não com um ar de pedinte,
mas de cabeça erguida", recorda a professora Elisabeth
D'Andrea.
Em Porto Alegre, desde 2001 um grupo de 45 garotos e garotos
tem aulas no Parque Marinha do Brasil. Agora, a iniciativa
se estendeu para a zona sul da cidade, na Vila Chapéu
do Sol. A integrante da ONG Bia Carvalho explica que a idéia
de utilizar a rua em frente à escola por falta de espaço
acabou se revelando uma ótima saída.
"Além de ser um ambiente bom para jogar, também
integra o projeto com a comunidade. Tem gente que pára
para assistir", revela.
Além dos dois núcleos porto-alegrenses - o
último deles patrocinado pela Terra Ville Participações
-, há outro em Sapiranga, onde são atendidas
mais 90 crianças - totalizando 159 beneficiados até
o momento. Para participar, é preciso estar freqüentando
a escola. Os instrutores também procuram acompanhar
as notas dos pequenos atletas e estimulá-los a conseguir
bons resultados na sala de aula.
As próprias escolas parceiras do projeto indicam os
candidatos. Uma das mais novas alunas, Luciana Moreira da
Silva, 13 anos, diz que não se interessava muito por
tênis até fazer parte do programa.
"Me dei muito bem. Me sinto melhor, não quero
mais parar", garante a jovem tenista.
As informações são
do jornal Zero Hora.
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