BRASÍLIA
- A Secretaria Nacional de Habitação, do Ministério
das Cidades, assinou 31 novos contratos com municípios
e estados, para urbanização de favelas.
São R$ 313,5 milhões em investimentos que vão
beneficiar 24.011 famílias em 30 cidades. A ação
faz parte do Programa Habitar Brasil – HBB, executada
por meio de empréstimo do Banco Interamericano de Desenvolvimento
(BID) ao governo brasileiro.
O programa é voltado para famílias com renda
mensal de até três salários-mínimos
e residentes em favelas localizadas em capitais, regiões
metropolitanas e aglomerados urbanos.
Com os novos contratos, o programa HBB passará a beneficiar
cerca de 400 mil pessoas, em 119 municípios e 25 estados
brasileiros. Já foram aplicados, entre 2003 e 2004,
R$ 589 milhões no programa.
Na avaliação da diretora do Departamento de
Urbanização e Assentamentos Precários,
Inês Magalhães, da Secretaria Nacional de Habitação,
um diferencial desses projetos é seu caráter
integral e multidisciplinar.
Além de ações de infra-estrutura e de
habitação, o trabalho social desenvolvido promove
a mobilização e organização comunitária,
a educação sanitária e ambiental, a capacitação
profissional e a implantação de atividades voltadas
à geração de trabalho e renda para as
famílias residentes na área dos projetos.
Ela ressalta, ainda, a importância da participação
da comunidade no processo de implantação do
HBB, que se estabelece no início do projeto e se mantém,
por cerca de um ano, após o término das obras.
As intervenções de infra-estrutura incluem
água trat ada, esgotamento sanitário, drenagem,
pavimentação, iluminação pública
e domiciliar que demandam, em média, 18 meses para
sua execução.
Estão incluídos também, conforme o perfil
da localidade, construção de moradias, regularização
fundiária e ações de recuperação
e preservação ambiental.
Outro aspecto importante do programa é componente
de desenvolvimento institucional. Há financiamentos
para ações de fortalecimento da capacidade técnica-institucional
e administrativa dos municípios para que possam atuar
na solução dos problemas urbanos habitacionais.
Inês Magalhães observa que é preciso que
os municípios sejam apoiados não só em
intervenções especificas, mas que tenham capacidade
de implementar alternativas para evitar o surgimento de novos
assentamentos precários.
Com os novos contratos, serão executados projetos
em Maceió (AL), Camaçari, Salvador e Santo Amaro
(BA), Fortaleza (CE), Brasília (DF), Vila Velha, Vitória
e Serra (ES), Trindade (GO), São Luís (MA),
Belo Horizonte e Ipatinga (MG), Campo Grande (MS), Belém
(PA), Recife (PE), Curitiba e Londrina (PR), Niterói
(RJ), Natal (RN), Aracaju (SE), Itapevi, Guarulhos, Guarujá,
Mauá, Osasco, São Bernardo, Taboão da
Serra, Santos, São Vicente (SP).
O Ministério das Cidades investiu R$ 35,5 milhões
na melhoria e implantação de 93 Corredores Estruturais
de Transporte Coletivo Urbano.
A aplicação destes recursos irá proporcionar
deslocamentos mais rápidos, confortáveis e seguros
para mais de 400 mil pessoas que moram em 13 estados.
Idosos e deficientes
O governo quer garantir o direito de acesso ao transporte
e às vias públicas para as pessoas que têm
restrição de mobilidade, como idosos, crianças,
gestantes, obesos e pessoas com deficiência. Nesse sentido,
o Ministério das Cidades está executando o Brasil
Acessível.
Lançado na metade do ano passado, o Programa apóia
governos estaduais e municipais na implementação
de ações para eliminar barreiras arquitetônicas,
como escadas e meio-fios, por exemplo, para facilitar, assim,
a circulação de pedestres e passageiros.
Segundo o secretário nacional de Transporte e Mobilidade
Urbana, José Carlos Xavier, o Brasil Acessível
é um programa centrado na inclusão social e
no direito à cidade. Para ele, cerca de 14,5% da população,
ou 26 milhões de pessoas, têm deficiência.
Ciclista
O Ministério das Cidades está estimulando o
uso da bicicleta como meio de transporte nas cidades. Exemplo
disso é a criação do Programa Brasileiro
de Mobilidade – Bicicleta Brasil - , que já executa
obras de implantação de sistemas cicloviários.
As informações são
do Diário do Nordeste.
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